O cantor belga morreu na madrugada desta sexta-feira aos 69 anos, vítima de cancro no pâncreas. Art Sullivan foi um êxito de popularidade em Portugal com a canção dos anos 70, "Petite Demoiselle".
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Líder de vendas no início da década de 1970, com canções românticas, numa altura em que a língua inglesa, bandas e cantores como Rolling Stones, Deep Purple, Eagles, Elton John, Alice Cooper, Roberta Flack, Gilbert O'Sullivan e Don McLean mobilizavam atenções, Art Sullivan afirmou-se na cena musical internacional desde a edição do seu primeiro disco, "Ensemble", em 1972.
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Nos anos seguintes, manteve o seu lugar na primeira linha, com canções como "Petite Demoiselle", "Petite fille aux yeux bleus", "Adieu sois heureuse", "Une larme d'amour" e "Donne Donne moi", somando mais de dez milhões de discos vendidos.
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O músico abandonaria os palcos em 1978, para privilegiar a produção audiovisual, embora regressasse pontualmente às canções. Assinou séries documentais sobre cidades belgas e famílias reais europeias.
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No início dos anos 2000 surgiram algumas reedições dos seus êxitos, em compilações de CD como "Cette Fille La" e, em 2014, publicou a sua biografia, "Art Sullivan: Drole de Vie en Chansons", escrita por Dominique de York.
Nascido com o nome Marc van Lidth de Jeude, em 1950, numa família da aristocracia belga, a carreira de Art Sullivan contou com o trabalho do produtor Jacques Verdonck, que estabeleceu os parâmetros e o "sucesso atípico" do seu percurso, como escreve a RTBF.
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De acordo com o jornal Le Soir, Art Sullivan contava festejar em 2020 os 45 anos de carreira, com dez "mega espetáculos", em países como Argentina, Alemanha, Holanda e Polónia.
O cantor atuou em Portugal em 1977, no auge da sua fama. Em 2007 chegou a ser anunciada a sua atuação nos coliseus de Lisboa e Porto, mas os concertos foram cancelados.
Sobre as suas canções, disse esperar que os mais novos as descobrissem e os mais velhos as recordassem.