Os nomes coletivos designam um conjunto, um grupo, uma coleção de alguns elementos da mesma espécie ou do mesmo tipo.
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Assim, por exemplo, a um grupo de atores de um filme chama-se elenco; um conjunto de intérpretes de folclore designa-se por rancho; um grupo de poetas ou artistas é uma plêiade. A um conjunto de vozes dá-se o nome de orfeão.
Quando alguém profere muitas asneiras seguidas, diz-se que foi um chorrilho. A um grupo de assassinos ou malfeitores, chama-se choldra. Se for uma quadrilha, é um grupo de ladrões. Se for um conjunto de maltrapilhos ou vadios é uma farândola. De invasores ou desordeiros, uma horda. De vadios, matula.
Um grupo de cónegos de uma sé designa-se por cabido; a um grupo de párocos chama-se sínodo.
Um grupo de deputados tem o nome de parlamento e um grupo de vereadores de um município, edilidade. Se queremos designar um grupo de pescadores de um barco, devemos dizer uma companha.
Quando há muitas estrelas juntas, trata-se de uma constelação; se reunirmos um conjunto de excertos literários é uma antologia. Se for um conjunto de leis e normas, trata-se de um código, mas se for um conjunto de quadros ou pinturas é uma pinacoteca. Se falarmos de obras musicais, é um repertório.
A um conjunto de ilhas chamamos arquipélago.
A língua portuguesa é, de facto, muito rica e, no dia em que soubermos tudo isto, haverá uma girândola (foguetes simultâneos), e um carrilhão (conjunto de sinos) far-se-á ouvir longe, longe!
* Professora de Português e formadora do acordo ortográfico