“The tortured poets department” foi gravado secretamente em dois anos e anunciado de surpresa nos Grammy. O mundo conhece-o hoje.
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Esta sexta-feira, 19 de abril, é dia de Taylor Swift. Parafraseando: é um novo dia de Taylor Swift, já que a cantora raramente pára, frequentemente surpreende e é incontestavelmente uma das artistas mais trabalhadoras e proliferas da música contemporânea.
Nas plataformas de Swift e provavelmente nas agendas de milhares de fãs em todo o mundo, há vários dias que existe uma contagem decrescente, aumentando o ambiente de antecipação. Aos 34 anos, a artista de West Reading, Pensilvânia, que se estreou ainda adolescente na música country antes de progressivamente agitar a pop, edita hoje o seu 11º disco de estúdio - um número impressionante de álbuns acumulados, tendo em conta a sua idade.
Esta nova era – tudo em Swift parecem eras –, este novo departamento musical aparentemente dedicado proverbialmente a poetas torturados, foi anunciado de surpresa na cerimónia dos 13º Grammy do passado mês de fevereiro. A notícia foi avançada por Swift ao receber um prémio, e ninguém parecia saber do novo disco que se sucede a “Midnights” de 2022, precisamente o álbum que continua a ser galardoado e que motivou a atual digressão.
O novo trabalho terá sido gravado secretamente nos últimos dois anos e a surpresa foi ainda maior porque não existe aqui um hiato que fizesse esperar ter sequer Swift tempo para compor. A artista escreve, canta, realiza, protagoniza e está atualmente há um ano em digressão que já bateu o recorde mundial de maior bilheteira acumulada, a Eras Tour – a mesma que passa por Portugal, já nos próximos dias 24 e 25 de maio.
Convidados e surpresas
Como tudo o que é Swift interessa, viraliza, muitas vezes foge de controlo, e porque a cantora é também uma ativista de várias causas, do feminismo aos direitos do público e dos artistas, os temas do novo disco têm sido mantidos num clima de secretismo até ao lançamento desta sexta-feira.
Com Taylor, a partir de “Folklore” de 2020 – e para termos ideia da sua produtividade, este é já o terceiro disco desde então –, não há singles em plataformas de streaming ou vídeos no YouTube: não é preciso. A expetativa surge de forma natural e universal, o sucesso é quase garantido. Há no entanto, partilhas como teasers visuais, imagens de singles, frases, sinais encriptados e aparentemente até códigos QR colocados nas paredes de prédios de várias cidades dos Estados Unidos nos últimos dias - a encaminhar para uma página onde se lia “Erro 321”.
Ao pouco que se foi sabendo nas últimas semanas, acrescentou-se, no entanto, uma recente surpresa: já esta quinta-feira, a horas da edição do álbum, Swift confirmou o nome do tema que deverá ser o primeiro single: “Fortnight”, com Post Malone; e lançou um aparente desafio aos fãs sobre a faixa, #forafortnightchallenge, a chegar “em breve às shorts do YouTube”.
Sabe-se também que o álbum tem quatro lados ou partes e conta com 16 músicas, incluindo uma faixa bónus, intitulada “The Manuscript”. A produção está a cargo novamente de Jack Antonoff, com Aaron Dessner, guitarrista dos The National; e como convidados conta, além de Post Malone, Florence Welch, dos Florence and the Machine.
Há várias semanas que o disco está disponível para pré-encomenda no site oficial da cantora, com diversas versões, de CD a álbum digital, passando por vinil e até cassete. Os preços começam nos 11,99 dólares (cerca de 11,25 euros) e além da edição padrão, haverá também uma edição especial de colecionador com um CD de luxo que inclui um libreto colecionável de 20 páginas.
Depois do lançamento do disco, começa a antecipação sobre se, ou quais, músicas, serão inseridas na Eras Tour. De qualquer forma, Portugal será dos primeiros locais do mundo a descobrir e eventualmente ouvir temas novos ao vivo, se entrarem na digressão: as primeiras datas após a edição do álbum serão em maio, em Paris, depois em Estocolmo e logo de seguida no Estádio da Luz em Lisboa.