Margarida Pinto e Mafalda Avelar são as novas subdiretoras escolhidas por Pedro Camacho, diretor da agência Lusa.
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Margarida Pinto, que chefiava a delegação da agência noticiosa em Macau e ex-correspondente do jornal "El Pais" em Lisboa, vai assumir as funções de Nuno Simas que, entretanto, se demitiu do cargo.
Já Mafalda Avelar, que passou por redações como a "Folha de São Paulo" e "Gazeta Mercantil", no Brasil, na SIC Notícias e no "Diário Económico", é formada em Economia e tem mestrado em relações internacionais na Johns Hopkins University em Washington DC, Estados Unidos. Esta última contratação deve-se à saída de Vítor Costa para o jornal "Público".
Nuno Simas demitiu-se do cargo de diretor adjunto da Lusa na sequência da nomeação de Mafalda de Avelar para subdiretora de informação, nome que tinha sido vetado pelos elementos eleitos do Conselho de Redação (CR) da agência de notícias.
O diretor de Informação da Lusa, Pedro Camacho, pediu ao CR pareceres para a contratação de Mafalda de Avelar para subdiretora de informação, Jorge Afonso da Silva para redator na editoria País e João Pimenta para delegado em Pequim. "O diretor de Informação disse que Mafalda de Avelar tem o perfil indicado para o atual momento da agência e que a empresa precisa de alguém com as características da jornalista: 'experiência na área da economia, experiência na área internacional e experiência na negociação de programas comunitários'", lê-se em comunicado, que acrescenta que o CR, "atendendo ao currículo da jornalista e ao lugar que vai ocupar, entendeu dar parecer negativo, por unanimidade", considerado "falta ao nome proposto experiência de chefia e de trabalho em redação".
Ainda assim, e porque o parecer do Conselho de Redação não é vinculativo, Pedro Camacho contratou Mafalda de Avelar para o cargo.
A mesma nota realça que "a Lusa tem um défice notório de redatores e lembra que é esse défice que tem sido reconhecido e falado nos últimos meses/anos e não o défice de diretores".
O CR deu, no entanto, parecer favorável à contratação de Jorge Afonso da Silva por ser "uma mais-valia para a redação, dado que o jornalista tem provas dadas na agência", e de João Pimenta. Alertou, no entanto, "que a nomeação de um delegado para Pequim deveria ser feita por concurso, à semelhança de outras delegações" e para "a situação precária em que se encontram outros jornalistas da agência", esperando que "alguns casos, ou de preferência todos, possam ser resolvidos o mais brevemente possível".
O JN tentou entrar em contacto com Nuno Simas, mas sem sucesso.