Uma vez que a admissão das mulheres na carreira militar é recente, é natural que se desconheça o feminino de soldado, soldada.
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Assim, o nome no masculino forma-se a partir da palavra "soldo", que diz respeito ao «pagamento em dinheiro atribuído aos militares», a que se juntou o sufixo "-ado", chegando-se, deste modo, a soldado.
Ora, a forma no feminino segue a mesma regra, acrescentando-se o sufixo na forma feminina - "-ada".
No entanto, algumas palavras terminadas em "ão" formam o feminino, mudando essa terminação para "oa". É o caso de "ermitão" / "ermitoa".
Urge ainda recordar que as palavras terminadas em "ão" podem formar o feminino de três maneiras diferentes. Existem, então, aquelas que mudam "ão" em "oa", como acontece em "ermitão" / "ermitoa": "leão" / "leoa"; "leitão" / "leitoa"; "hortelão" / "horteloa"; "patrão" / "patroa"; "melão" / "meloa"; "pavão" / "pavoa".
Há outras que mudam "ão" em "ã" ("cidadão" / "cidadã"; "anão" / "anã"; anfitrião / "anfitriã"; "irmão" / "irmã"; "temporão" / "temporã"; "coimbrão / " coimbrã "; "alemão" / "alemã"; "ancião" / "anciã"). Outras mudam "ão" em "ona" ("solteirão" / "solteirona"; "folião" / "foliona"; "glutão" / "glutona"; "babão" / "babona"; "comilão" / "comilona"; "beberrão / "beberrona"; "valentão" / "valentona"; "pedinchão" / "pedinchona"; "mandrião" / "mandriona").
Algumas palavras que no masculino terminam em "ão" têm uma forma diferente no feminino: "sultão" / "sultana"; "barão" / "baronesa"; "cão" / "cadela"; "ladrão / "ladra" ou "ladrona" (na linguagem popular); "lebrão" / "lebre"; "perdigão" / " perdiz"; "tecelão" / "tecedeira" ou "tecelona"; "zângão" / abelha).
* Professora de Português e formadora para a área da língua portuguesa
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