Comediante de sucesso mundial chega ao Teatro Villaret esta quarta e quinta-feira.
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Aos 43 anos, Russell Howard é um verdadeiro fenómeno da comédia mundial. Tanto nos espetáculos ao vivo, que tende a esgotar- a última tour no Reino Unido não teve data por lotar e a próxima está igual - como na televisão britânica, onde tem programas semanais e recorrentes – um dos quais foi feito com a sua mãe. Os ingleses não se parecem cansar dele e o apreço globalizou. Muito devido à Netflix, onde vários especiais mostram a um público planetário as suas visões sarcásticas sobre a internet, as redes sociais, o amor, o sexo, as pessoas, a classe política, ele próprio. Agora, o humorista atua pela primeira vez em Portugal, a 16 e 17 de agosto, no Teatro Villaret de Lisboa.
Em declarações ao JN, Howard revela que encara com particular entusiasmo a passagem por um teatro de Lisboa: “estou tão entusiasmado por me apresentar em Lisboa pela primeira vez. Já fiz arenas por todo o mundo, mas a ideia de fazer um pequeno espetáculo em Lisboa deixa-me muito animado. Os meus amigos acham que sou louco, mas viajar e fazer stand up é o melhor”, frisa.
Sobre as expectativas, a resposta é clara: “pessoas são pessoas. Vai ser ótimo. Estou muito empolgado por ver como é o público português”, garante ao JN.
Quanto à razão ou receita para o seu enorme sucesso, Russell diz acreditar simplesmente que “a vida é difícil e o riso é o lubrificante [“Lubricant”, como o seu especial] que a torna habitável”. As pessoas, defende, “só querem uma trégua na miséria da vida. E é isso que o stand up faz”.
Na sua estreia no nosso país a segunda data está, garante a organização ao JN, há muito esgotada; para dia 16 ainda há bilhetes, a 40€.
“Recalibrate” e “Lubricant” são os espetáculos disponíveis na Netflix e que tornaram Howard um rosto familiar entre muitos portugueses; o último, lançado em 2021, foi o segundo especial de stand-up mais assistido naquele ano na plataforma em todo o mundo. “Lubricant” veio celebrar, por incrível que pareça, os seus 20 anos no stand up e tem duas partes, a segunda em jeito de documentário sobre a sua carreira e a pandemia, os espetáculos que ficaram por fazer, os que fez em casa e o regresso à tour num mundo ainda pandémico, que foi um dos primeiros a arriscar.
Natural de Bristol, terra de bandas lendárias como Portishead e Massive Attack, Howard é um fenómeno também nas redes sociais com mais de 9 milhões de seguidores; tem 450 milhões de visualizações no YouTube, mais de mil milhões se contarmos as várias plataformas. Mas os recordes não ficam por aqui: em “Respite”, espetáculo ao vivo de 2021 e 2022, lotou o lendário Royal Albert Hall por dez noites consecutivas, quebrando o recorde de Barry Manilow e Frank Sinatra, que esgotaram os bilhetes do histórico espaço por oito datas.
A nova digressão poderá ir pelo mesmo caminho dos números avassaladores já que, depois da capital portuguesa, segue para os Estados Unidos, antes de regressar ao Reino Unido onde já foram abertas datas extra.