O primeiro dia da quarta edição do NOS Primavera Sound ainda mal terminou e já há momentos para relembrar.
Corpo do artigo
Não houve picos demasiado altos neste primeiro dia (Patti a sorrir e repetidamente para nós, Patti que tem na cara os veios do rock e do punk e já é avó; FKA Twigs a dançar devassa o "Video girl", mas Twigs trouxe uma versão light do show denso que merece ser o exótico "LP1" ao vivo; a salada jangle pop e a pantomina repetida de Mac DeMarco; e uns quantos minutos de guitarra de Mikal Cronin, tocada em cima do peito, encaixada no sovaco, cheia de deserto e de praia, mas nada que nos tenha roubado o coração ou nos faça perder a cabeça) e a taquicardia ainda não começou.
Começa hoje, sexta-feira, são 20 bandas e doze horas consecutivas. Há choques frontais à hora do jantar (Electric Wizard e Pallbearer vão expelir doom e esgrimir violências entre o palco ATP e o Pitchfork e isto apanha Spiritualized no meio), há sobreposições terríveis (um duelo a três, praticamente um "mexican standoff": Jungle, Run the Jewels e Ariel Pink tocam todos à 1h40), há imperdíveis tardios de IDM (Movement às 3h), há ainda Sun Kil Moon, há a meia-noite do Anthony, há outra vez Patti Smith e tudo começa ainda por cima muito cedo com Beirute eletrificada por Yasmine à hora do sol.