<p id="articulo-titulo">Três meses depois da morte do fundador da "Playboy", Hugh Hefner, a revista pode estar prestes a terminar como publicação e a reinventar-se numa outra área de negócios ainda no decorrer deste ano.
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Os donos do grupo detentor da "Playboy" estão dispostos a acabar com a edição impressa da revista para adultos e a exportar a icónica marca do coelhinho para casinos e discotecas por todo o mundo, adianta o espanhol "El País". Este pode ser o final da criação de Hugh Hefner, falecido há três meses, que veio revolucionar o mercado erótico.
"Não acho que o papel seja a melhor maneira de comunicarmos com os nossos consumidores daqui em diante", afirmou ao "The Wall Street Journal" Ben Kohn, o acionista de referência da empresa que edita a publicação. O gestor assegurou ainda que "a marca e o seu legado" são muito mais fortes do que a revista, o que vem ao encontro dos números: a circulação da publicação não para de diminuir.
"Historicamente justificava-se o prejuízo que a revista gerava com o seu valor de mercado", continua Kohn. "Chegou o momento de pensar de outra maneira". O acionista foi contratado para resgatar a "Playboy" há sete anos, com um investimento de 171 milhões de euros.
A ideia era usar esses fundos para a expansão internacional da marca, uma das mais reconhecidas do mundo. Mas Hugh Hefner, na altura com 84 anos, quis deixar assegurado que a revista seria publicada "até que ele estivesse vivo". Com a sua morte, aos 91 anos, abre-se assim caminho para que se termine o negócio que há muito deixou de ser rentável para o grupo.
Recorde-se que, há cerca de dois anos, a "Playboy" recusou-se a incluir nudez na revista. A direção da publicação voltou atrás com a decisão editorial na primavera do ano passado, depois de o filho do criador, CooperHefner, ter vindo a público dizer que eliminar os corpos nus havia sido "um erro".