JK Rowling, a autora da saga Harry Potter, apaixonou-se pelo Porto e ainda ama a cidade. Recorda que pegou no manuscrito de um livro - Harry Potter - que vinha escrevendo há meses, atravessou o Canal da Mancha, e escolheu um dos três empregos como professora de Inglês que lhe haviam sido propostos. E chegou ao Porto.
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Num texto publicado no jornal "The Guardian", recorda que, após a morte da mãe, em 1990, percebeu que não nascera para passar a vida num escritório, atravessou a Mancha e parou no Porto.
"Apaixonei-me pelo Porto e ainda o amo. Fiquei encantada com o fado, a música folclórica melancólica que reflete os próprios portugueses, que na minha experiência tinham uma tranquilidade e gentileza únicas entre os povos latinos que conheci até agora", escreve Rowling.
"As espetaculares pontes da cidade, suas vertiginosas margens, os edifícios antigos, as largas praças: Fiquei encantada com todos eles", recorda.
JK Rowling chegou ao Porto em 1991, pouco tempo após a morte da mãe. É nesta cidade que se casa, em 1992, com um jornalista português e é aqui que nasce, no ano seguinte, a sua filha.
Uma fase de que a escritora não fala. Lembra, outrossim, que "naquela época tínhamos permissão para vagar livremente pela Europa de uma maneira que nos moldou e enriqueceu, enquanto beneficiamos do mais longo período ininterrupto de paz neste continente".
"No momento da redação deste artigo, é incerto se a próxima geração desfrutará das liberdades que tínhamos", diz. E fala para Hanna, "a primeira amiga da Europa continental que tive" e recorda palavras do filósofo francês Voltaire: "L"amitié est la patrie" (A amizade é a pátria). "Onde estiver a amizade, está a nossa terra natal", conclui.