Quando o cinema é proibido. “As mulheres iranianas querem a sua fatia da vida”
Realizadores de “O Meu Bolo Favorito” enfrentam processo e não podem sair do Irão.
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Mahin, uma viúva solitária de 70 anos, conhece um motorista de táxi, que convida para sua casa. Antes, já salvara uma jovem que não usava corretamente o hijab de ser levada pela polícia da moral. É esta a história de “O Meu Bolo Favorito”, que valeu a interdição do filme no seu país, o Irão, um processo judicial aos seus realizadores, Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha e a proibição de saírem do país.
A dupla fora já responsável pelo notável “O Perdão”, onde uma mulher descobre que o marido estava inocente do crime pelo qual fora executado. Com “O Meu Bolo Favorito”, voltam a desafiar o regime, usando o cinema como a sua arma. O filme estreou mundialmente em Berlim, sem a presença dos seus realizadores, e o LEFFEST exibiu o filme antes da chegada às salas, onde já pode ser visto em todo o país. Na ocasião, o festival organizou uma conversa através dos meios digitais com os realizadores.