Festival acontece dias 11, 12 e 13 de abril com nomes como Nina Kraviz, Richie Hawtin, Modeselektor, Jeff Mills e o esperado regresso do duo de “Born slippy”.
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“Era um namoro antigo”, confessa Paulo Amaral, diretor do Sónar Lisboa ao JN, sobre o concerto dos Underworld no festival que arranca hoje no coração da cidade. Ao quarto ano na capital portuguesa, um dos mais conceituados eventos de música eletrónica traz cerca de 50 espetáculos, distribuídos por longas noites e compassados dias, onde grandes nomes do panorama internacional se juntam a micro cenas locais, vivendo o passado, o presente e o futuro do clubbing.
Pelo Parque Eduardo VII passam, até domingo, dezenas de nomes fortes da dança, house e jungle mundiais, entre projetos como The Blaze, Modeselektor, Nina Kraviz, Richie Hawtin, Jeff Mills, Jennifer Cardini, Clementaum e Héctor Oaks. Há também novos espetáculos, a estrear: ‘EXHIBIT’ de Anetha, ou ‘Lattice 3D/AV’ de Max Cooper. E há um nome que se destaca.
Ausente de Portugal desde o Neopop 2019, o duo britânico Underworld está de volta a Portugal, (sábado às 18h55), e justo no ano em que se assinalam os 30 anos do icónico 3º disco “dubnobasswithmyheadman” – e de “Born slippy” single que se tornou, através do filme de culto de Danny Boyle, “Trainspotting”, num hino para uma geração. É um dos concertos mais esperados do ano, para público e até programadores:
“Há algum tempo que estávamos a tentar trazê-los ao Sónar Lisboa, mas nunca se proporcionou”, confirma Amaral. “Este ano os astros estavam alinhados e logo com a feliz coincidência de estarem com novo disco e a celebrar os 30 anos do ‘Born slippy’. E sabemos que vão dar um grande concerto, estão com uma grande vibe e a equipa de produção deles está a trabalhar com a nossa há meses”, adianta.
Três palcos, dias e noites
Nesta edição, o Sónar volta a concentrar-se no Pavilhão Carlos Lopes, com um espaço ampliado quer de circulação como de restauração, adianta ao JN o diretor do evento.
Por três palcos – SonarClub by Heineken no interior do Pavilhão Carlos Lopes, e cá fora o SonarVillage e SonarPark – passam então 46 artistas nacionais e internacionais; além dos artistas referidos e muitos outros, haverá também três takeovers, a cargo das editoras e coletivos Príncipe x TraTraTrax, Dengo Club e Enchufada, ligando o underground de Lisboa a cenas de todo o mundo.
Como em outros anos, é esperado muito público estrangeiro nos dias do Sónar, mas a adesão dos portugueses é também habitual – e as vendas estão um pouco acima das do ano passado, adianta Amaral. Apanágio é também o lado de tecnologia, criatividade e sustentabilidade, expressos sobretudo no Sónar+D, na Casa do Lago.