Artista apresenta esta sexta-feira o álbum "Peito aberto" no Hard Club, no Porto.
Corpo do artigo
Tiago Nacarato é filho de pais brasileiros. Após a participação no programa "The voice Portugal", onde se destacou com o tema "Onde anda você", compôs "Passe-partout", interpretada por Bárbara Tinoco no Festival da Canção de 2020. Agora, com 31 anos, lança o segundo disco, "Peito aberto".
O que é que a participação em "The voice Portugal" trouxe de bom para a sua vida?
Sinto que foi uma rampa de lançamento gigantesca para a minha carreira. Alguma coisa aconteceu naquele momento, os astros alinharam-se todos e, de repente, já passaram quatro anos de um percurso maravilhoso.
Depois do disco "Um lugar comum", lançado em 2019, chega agora "Peito aberto". Como caracteriza este novo álbum?
Gosto de fazer uma coisa diferente em cada disco e sinto que, ao contrário de "Um lugar comum", este tem mais groove. Não é um disco 100% dançável, mas tem a intenção de fazer o público abanar a anca.
Qual é o seu tema preferido deste novo álbum?
O meu tema preferido deste novo disco vai mudando. Mas gosto muito do "Novo começo" porque é mais íntimo.
Veio agora de uma digressão no Brasil. Como foi a experiência?
Foi ótima. É sempre bom ir ao Brasil porque o público ama-me muito lá e dá para sentir. É fantástico poder atravessar o oceano e ouvir pessoas a cantar as tuas músicas originais. O Brasil é enorme e há pessoas a fazerem viagens de 3 mil quilómetros para ver um show. Sinto-me muito honrado.
Além do Brasil deu, a semana passada, um concerto em Lisboa. Correspondeu às expectativas?
No concerto do Capitólio o público estava muito ardente. A Maro também estava lá e foi maravilhosa, tal como a Mimi Froes, que fez a primeira parte. Os músicos estavam contentes, muito sorridentes, e também fiquei muito feliz.
E para o Porto? Tem alguma surpresa preparada?
Para o Porto estou à espera de casa cheia e de conseguir conquistar o público. Vai ser muito similar, mas com uma primeira parte diferente, da Leo Middea, e uma participação do Tatanka.
Após a edição de "Um lugar comum", foi também convidado para escrever um tema para o Festival da Canção 2020. Como define a experiência?
Escolhi a Bárbara Tinoco para interpretar o tema e gostei muito da experiência. Gosto muito de televisão, apesar de não ser um ótimo comunicador. Gosto de estar lá e ver as coisas a acontecer, por isso foi bom nessa parte. E ficamos em segundo lugar, com 12 pontos do público, o que não é mau.
Estava à espera do primeiro lugar?
Estava claro, nós estávamos com o triplo das visualizações dos restantes participantes. Achei que o júri deu notas um pouco baixas. Não percebi uma discrepância tão grande, de 12 pontos do público para 3 ou 4 do júri.
E porquê a Bárbara Tinoco?
Sempre gostei do timbre e da atitude meia ingénua dela. Ocupava bem o lugar naquela música e acho que ela fez um trabalho maravilhoso. Quando vi aquela miúda a interpretar a minha música no estúdio, fiquei deslumbrado.
O que vem a seguir a estes concertos?
Estou com vontade de fazer outro disco. Comecei a trabalhar no "Peito aberto" há um ano, ou seja, já estou farto, não de o tocar, mas de estar envolvido na sua produção. Como tenho uma necessidade de estar em movimento constante, já estou a imaginar um novo disco. Quero continuar no caminho do groove porque sinto que ainda não acertei totalmente.