Sonic Blast Fest abre esta quinta-feira e vai até sábado, na Praia da Duna dos Caldeirões, em Vila Praia de Âncora. Fu Manchu, Circle Jerks, Amenra e Molchat Doma estão em destaque. É um "festival de verão alternativo, descontraído e selvagem".
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O falecimento recente de Ozzy Osbourne não poderia passar despercebido na edição 2025 do Sonic Blast Fest, que traz 35 concertos à Praia da Duna dos Caldeirões, em Vila Praia de Âncora, entre quinta e sábado - esta quarta à noite há "warm up" gratuito (veja aqui todos os horários). A banda do "Príncipe das Trevas" está na base da maior parte dos géneros convocados para o certame - stoner rock, variantes de metal e darkwave. E a homenagem será feita logo à entrada do recinto, num mural dedicado aos Black Sabbath, que serão também escutados profusamente nas sessões de DJ após os concertos.
"Foram sempre alvo de um grande culto neste festival; os tokens que usávamos para as bebidas já tinham os rostos dos membros da banda", diz Ricardo Rios, da direção, que continua a entender o Sonic Blast como um "festival de verão alternativo, descontraído e selvagem".
Nesta edição, são esperadas 5500 pessoas por dia, havendo ainda alguns bilhetes diários e passes gerais disponíveis. No recinto mantêm-se os dois palcos principais geminados - "para se perder o mínimo de tempo possível entre os concertos", diz Rios - e um terceiro para as primeiras e últimas atuações de cada dia. Haverá mais WC, mais sombras e algumas reconfigurações no espaço para permitir maior visibilidade e mobilidade, informa o diretor.
Stoner, hardcore, pós-metal
Entre a oferta de explosivos para 2025, salientam-se números históricos como Fu Manchu, pioneiros do stoner rock na cena do deserto de Palm Beach do início dos anos 1990, onde se formou o novo género a partir de influências do blues, do grunge, do psicadelismo e do metal. Os icónicos Circle Jerks, representantes da primeira vaga do hardcore da Costa Oeste dos EUA, hiperativos desde 1979. E os belgas Amenra, que exploram as atmosferas ominosas do pós-metal desde 1999.
Ricardo Rios assegura, no entanto, que o nome mais esperado do ano é Molchat Doma, banda da encriptada Bielorússia que explodiu em plena pandemia com o lançamento de "Monument". Praticam um pós-punk feito de minimalismo e escuridão.
Outros grupos a não perder, segundo o diretor, são os King Woman, norte-americanos que estreiam na Europa o seu "dark pesadão, estranhíssimo e experimental", nas palavras de Rios. E bandas como Gnome (metal progressivo), Patriarchy (noise e metal industrial) ou Ditz (punk e pós-hardcore).
A representação nacional ficará a cargo dos Máquina (que são já banda de culto no Sonic Blast), Sunflowers, Nagasaki Sunrise, Bow e Capela Mortuária, que exploram em conjunto um espectro vasto entre o industrial dançável, o punk e o trash metal.