Até 18 de setembro, a Fundação Calouste Gulbenkian apresenta a exposição “Gris, Vide, Cris”.
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Alberto Giacometti nasceu na Suíça em 1901. Morre em 1966. Inicia a sua formação em Genebra, passando por Paris na década de 1920, onde contactou com cubistas, dadaístas e surrealismo. Será no surrealismo, sensivelmente entre 1930 e 1934, que irá encontrar as bases para a definição da sua escultura, merecendo a admiração de André Breton (FR, 1896-1966), o autor do "Manifesto surrealista", publicado em 15 de outubro de 1924.
A obsessão de Giacometti seria a figura humana e a sua amizade e proximidade a Jean-Paul Sartre (FR, 1905-1980) e ao Existencialismo, tornará inevitável que, no pós-II Guerra Mundial, o foco da sua obra seja o sofrimento humano e a degradação da esperança. A estética do inacabado do artista, combinada com a expressão das formas, dão sentido às palavras retiradas de um poema seu, “gris, vide e cris”, que poderíamos traduzir para “gritos, cinzentos e vazios”, que dão título à exposição, patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em que a obra de Rui Chafes faz com que cada pequena escultura de Giacometti tenha em si um mundo inteiro.