A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, apresenta, até 18 de setembro, uma exposição comemorativa dos 40 anos do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão.
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No próximo dia 20 de julho, o Centro de Arte Moderna (CAM) José de Azeredo Perdigão assinala 40 anos desde a sua abertura, em 1983. O CAM (agora com obras de remodelação) herda o nome do advogado viseense José de Azeredo Perdigão (PT, 1896-1993), o primeiro presidente da Fundação Calouste Gulbenkian e a figura a quem se deve a influência para que, após a morte de Calouste Gulbenkian (Arménia, 1869-1955), de quem era advogado, se conseguissem aprovar os estatutos de criação da Fundação, em pleno Estado Novo, garantido que Salazar (PT, 1889-1970) não tivesse qualquer interferência na sua dinâmica cultural e linha de atuação.
À época, e durante largas décadas, a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) funcionava como um oásis no panorama artístico português, tendo sido essencial, por exemplo, na atribuição de bolsas de estudo internacionais para que artistas portugueses tivessem a oportunidade de uma espécie de exílio que, simultaneamente, lhes permitia crescer, contactar com as vanguardas emergentes e, sobretudo, garantir que a História da Arte Contemporânea portuguesa se começava realmente a escrever.