A medida começa a ser aplica a partir de setembro e define que as atletas femininas que quiserem integrar as competições terão de fazer teste para detetar o gene SRY
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A partir de 1 de setembro, só serão aceites as atletas que, perante competições de ranking mundial, passarem no teste genético que certifique a sua elegibilidade para a categoria feminina. O novo regulamento vai começar a ser aplicado às próximas competições internacionais, arrancando com o Mundial de Atletismo, que decorre de 13 a 21 de setembro, em Tóquio. A entidade vai entregar 100 mil dólares à organização e às federações para que garantam o cumprimento dos análises, avança a Euronews.
Esta decisão significa que só as mulheres biológicas ou as atletas que cumpram disposições transitórias específicas, poderão competir em eventos femininos. As desportistas com teste positivo para cromossomos Y permanecem elegíveis para competições ou categorias fora do ranking que não sejam eventos femininos.
O teste do gene SRY, que revela a presença do cromossoma Y, vai ser aplicado para determinar o sexo biológico de qualquer pessoa e a decisão foi aprovada passados anos de discussão sobre o assunto da participação de mulheres trans com diferenças no desenvolvimento sexual no atletismo. "É realmente importante num desporto que está permanentemente a tentar atrair mais mulheres que elas entrem num desporto a acreditarem que não existe um teto de vidro biológico", refere o Coe, num comunicado. "O teste para confirmar o sexo biológico é um passo muito importante para garantir que isso aconteça".
A razão invocada para esta alteração passa pela, segundo comunicado da World Athletics, "proteção e promoção da integridade do desporto feminino". "Na elite, para competir na categoria feminina, é necessário ser biologicamente feminino. Sempre foi muito claro para mim e para o Conselho Mundial de Atletismo que o género não pode prevalecer sobre a biologia", afirmou, em abril, o presidente da entidade, Sebastian Coe, quando revelou que estavam a ser estudadas novas medidas.
Em maio, a medida sido adotada pela World Boxing, quando introduziu testes sexuais obrigatórios para todos os atletas.