A vocalista da banda de rock francesa Lulu Van Trapp revelou que foi vítima de agressão sexual durante o espetáculo que teve lugar no passado sábado. Como forma de responder aos toques de que foi vítima, fez o resto do concerto em topless e teve a companhia de várias mulheres do público neste protesto
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"Vou ficar em topless até que seja normal, até que o cérebro se habitue ao facto de [o peito] não ser sexual". A frase é da cantora Rebecca Baby, vocalista da banda de rock francesa Lulu Van Trapp e depois de ter revelado que tinha acabado de ser agredida sexualmente no festival Le Cri de la Goutte, que decorreu neste fim de semana, a nordeste de Lyon.
A cantora detalhou que, tendo sido agarrada por um grupo de "pessoas animadas" do público, viu que um dos espectadores tinha objetivamente agarrado nas mamas dela. "Em mais de dez anos que ando no palco, é a primeira vez que acontece comigo", denunciou a artista num post de Instagram, entretanto removido, como conta o jornal francês Libération.
Sobre esta agressão sexual a que foi submetida, Rebecca Baby revelou que ainda sente a mão deste agressor "como uma queimadura". "Tremo, flutuo, mas o instinto de não deixar acontecer e de colocar esse ato no centro das atenções é mais forte que qualquer coisa", revelou, aniquilando o argumento da roupa. Não se tratava da T-shirt que tinha vestida, mas antes "o frenesim de posse e destruição" manifestado pelos agressores que assistiam ao concerto naquele festival de verão, no sábado passado, 26 de julho.
Ao decidir ficar em topless como forma de resposta à agressão, três espectadores do concerto fizeram o mesmo em solidariedade para com a vocalista. Já organização da festa, citada pelo jornal francês, condenou o comportamento, considerou-o de "inaceitável" e lembrou que a agressão "está em total contradição com os valores do Cri de la chute: respeito, gentileza, inclusão, segurança para todos".