Todos sabemos que não há relações sem discussões, mas também todos estamos cientes que elas só sobrevivem se soubermos lidar e comunicar melhor quando o desacordo sobe de tom. Especialista em terapia de casal revela procedimento com três passos
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Os desentendimentos não são raros entre os casais, mas o importante é saber lidar com eles e gerir o processo emocional que tende a escalar cada vez que existe um embate. A terapeuta de relacionamentos certificada e sexóloga norte-americana Monica Lynne crê ter um processo simples que pode ajudar a resolver um desacordo de forma muito rápida, eficaz e em apenas três passos e, se possível, em três minutos.
Nesse sentido, Lynne começa por recomendar a autoregulação das emoções. Mediante uma discussão, "o nosso sistema nervoso central entra em luta, fuga ou congelamento porque a adrenalina é libertada e deixa o corpo desregulado", afirma a especialista ao site The Every Girl. As mãos trémulas e a voz aguda devem ser substituídas por respirações pausadas, ajudando a refletir antes de falar. Um primeiro gesto que deve ser cumprido por ambas partes.
Numa segunda fase, a terapeuta recomenda que marido e mulher troquem de papéis. Uma frase como "se eu estivesse no teu lugar, provavelmente estaria a sentir que..." é apenas um exemplo dado pela especialista, que defende que, com esta atitude, a mentalidade muda e o discurso também, saindo de um processo imediato de autodefesa no calor do embate. "Esta é uma maneira perfeita de interromper a atitude defensiva porque o cérebro não consegue atacar e ter empatia ao mesmo tempo", justifica Lynne.
Por fim, chega a escolha acertada de vocabulário. Para tal, nada como uma frase que faça a ponte e que reconheça o que cada um está a sentir, sem exigir respostas imediatas. "Em vez de um pedido de desculpas, que pode parecer prematuro ou vazio no meio da discussão, escolha antes dizer: "Sei que estamos chateados, mas não quero que te sintas sozinha", afirma ao referido site.
Mas se estes três passos ajudam a arrefecer um embate, a terapeuta concorda que não o resolve. Uma vez acalmadas as águas, Lynne sugere que se marque um momento posterior para voltar a debater o tema que opôs o casal, sendo o ideal entre "24 a 48 horas". Uma atitude que vai respeitar os sentimentos que causaram a discussão, mas que não os procura esconder, apenas expor quando ambos estiverem mais calmos.