É uma verdadeira revelação. Estudo apresentado na conferência anual da Sociedade de Endocrinologia norte-americana vem pôr em cima da mesa a possibilidade de os desafios com a ereção não chegarem com o avançar da idade. Ela pode mesmo ser o menor dos problemas
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“Embora a idade e os níveis de testosterona tenham vindo a ser há tanto tempo considerados fatores que justificam o declínio da saúde sexual masculina, a nossa pesquisa indica que estas alterações estão mais relacionadas com aumentos modestos de açúcar no sangue e outras mexidas metabólicas,” afirma o médico, professor do Hospital Universitário de Muensterm na Alemanha.
Michael Zitzmann revela que “tal significa que os homens podem tomar opções que podem ajudar a preservar ou reavivar a sua vida reprodutiva com escolhas acertadas de lifestyle e intervenções médicas apropriadas”.
Numa realidade em que a disfunção erétil é tema tabu para tantos casais e no âmbito das quais se perpetuam mitos, estas descobertas vêm trazer um novo olhar sobre este problema íntimo.
As conclusões decorrem de um estudo a longo prazo que analisou homens saudáveis dos 18 aos 85 anos e que não apresentaram doenças como diabetes, problemas de coração ou cancro. O estudo, que começou em 2014 com 200 participantes e culminou seis anos depois com 177, permitiu analisar alterações progressivas na composição do sémen, perfis hormonais, capacidade de ereção e saúde metabólica.
Ora, a equipa de investigadores notou que as funções eréteis caíam assim que havia registos de variações mínimas de aumento (na ordem dos 6,5%) dos níveis de açúcar no sangue. Por contrário, sem picos de açúcar não houve alterações a relatar. A mesma análise, apresentada em São Francisco, na Califórnia, concluiu que os níveis de testosterona não tinham impacto nas funções eréteis, mas a libido sim.