Itália estuda certificado para evitar esquemas de exploração laboral na moda de luxo
A cadeia de negócios na moda de luxo italiano tem estado a ferro e fogo após descobertas de exploração laboral. Ministério da Indústria de Itália está a estudar certificação para por termo ao que considera ser uma verdadeira ameaça no ‘Made in Italy’
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Nos meses mais recentes, cinco marcas de moda de luxo italianas foram postas sob administração judicial por alegada exploração de trabalhadores. O caso mais recente foi o de Loro Piana, com os procuradores a descobrirem provas de abusos de trabalhadores na sua cadeia de subcontratação e abastecimento. O Tribunal de Milão deliberou que a marca de luxo “falhou culposamente” na supervisão do seus fornecedores com o propósito de obter mais lucros (baixando os custos por via da produção)
Considerando casos como este, o Ministério da Indústria italiano diz estar a estudar uma nova forma de certificação das empresas para garantir que o selo Made in Italy não sai beliscado com estas revelações.
“Não podemos permitir que o comportamento ilícito de alguns comprometa a reputação de todo o sector, penalizando muitas empresas talentosas e, consequentemente, a nossa marca Made in Italy, que é um símbolo de excelência e qualidade”, afirmou o ministro Adolfo Urso aos órgãos do comércio de moda durante uma reunião, segundo fonte citada pela agência Reuters.
Nesse sentido, o modelo que está agora em estudo passa por certificar, de forma antecipada, a sustentabilidade e legalidade das empresas da cadeia de abastecimento. Uma medida que pode fazer com que as marcas de luxo já não precisem de responder pela conduta dos seus fornecedores ou empresas subcontratadas.