Têm sido uma das febres do momento, conquistando anónimas e famosas, entre elas Paris Hilton, Kim Kardashian, Dua LIpa, Rihanna, Cher e até Madonna. Contudo, esta busca por estes "monstrinhos" - usados muitas vezes como acessórios - está a preocupar os psicoterapeutas. Os labubus, creem os especialistas, estão a criar um vício
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Das semanas da moda às redes sociais, estes bonecos feios e de cara mal humorada da Pop Mart, que já rendem mais de 34 mil milhões de dólares (quase 29 mil milhões de euros) um pouco por todo o Mundo, estão a encantar anónimas e famosas, mas estão a gerar preocupações entre os psicoterapeutas. A razão é simples: A ideia da caixa surpresa, porque nunca se sabe de antemão qual a cor ou design que vai calhar, "está a ativar o sistema de recompensa e o cérebro, que liberta dopamina, a hormona do prazer". Um efeito de unboxing que se torna "emocionante e viciante".
À ideia do consumo rápido somam-se a ideia de "ansiedade, frustração e compras compulsivas" na tentativa de tentar compor uma coleção ou de completar um vazio que emerge após o pico de entusiasmo. O esquema de satisfação é muito semelhante ao das redes sociais e da gamificação. "As pessoas não estão apenas a comprar um brinquedo; elas estão a participar numa busca que parece significativa precisamente porque é desafiadora", justifica o psicoterapeuta ao jornal britânico The Independent. Daren Banarsë sublinha que "a caça tornou-se tão importante quanto o prémio, transformando uma simples transação em algo que parece uma conquista genuína", que tem custos financeiros amplos.
Criados em 2015 pelo artista Kasing Lung, nascido em Hong Kong e atualmente a viver na Bélgica, estes "monstrinhos" distinguem-se pelo seu sorriso característico e surgiram originalmente como personagens de livros infantis, como "A história de Puca". Mais tarde, passaram a ser produzidos pela gigante chinesa Pop Mart, uma empresa especializada em objetos colecionáveis.