
Dos trabalhos de casa à saúde mental, veja o que mais leva mães e pais a usarem a Inteligência Artificial na educação dos filhos
Foto: Arquivo
Quase metade de mães e pais está a recorrer à Inteligência Artificial (IA) para conseguir ajudar os filhos. Entre as principais buscas estão os clássicos TPC, mas pesquisas também incidem sobre temas difíceis, saúde mental, atividades extracurriculares e até refeições.
Três em cada dez progenitores de menores de 18 anos estão a pedir ajuda à IA para gerirem respostas difíceis relativas aos filhos e para lidarem com eles. Já 1/3 (33%) pondera vir a fazê-lo. Os resultados constam de um estudo que indica que o recurso às novas tecnologias está a ser cada vez mais usado por mães e pais, sendo os trabalhos de casa o maior consumo de todos (45%), seguido de sugestões para atividades de entretenimento e escolha de livros consoante as idades dos filhos (39%).
O inquérito foi feito junto de cinco mil adultos com filhos, sendo que quatro em cada dez admitiu a possibilidade de recorrerem ao Copilot ou ChatGPT se precisarem de conversar sobre temas sensíveis como bullying, luto ou relacionamentos ou matérias complexas como puberdade ou alterações climáticas.
"A IA pode ser uma ajuda real para encontrar respostas para perguntas ou soluções para problemas muito rapidamente, e para os pais que estão frequentemente sujeitos a muitas perguntas e problemas, esta pode ser uma solução rápida e muito fácil", analisa Harry Gove, porta-voz da plataforma de estudos OnePoll, que realizou o relatório da 72Point.
Contudo, o responsável lembra que é importante questionar as respostas que são geradas pela máquina. "A confiança na IA só deve incidir sobre uma pesquisa de base. Os pais também devem consultar profissionais sempre que necessário e procurar ajuda e apoio de amigos e familiares", recomenda.
No que diz respeito a questões comportamentais e saúde mental dos filhos, as mães e pais inquiridos revelaram que 34% recorreu à IA para compreender melhor os estágios de desenvolvimento dos filhos, cerca de 1/3 usou esta ferramenta para ajudar a gerir mudanças comportamentais e quase três em cada dez inquiridos (29%) admitiu recorrer a bots como solução para apoio de saúde mental e bem-estar emocional dos seus filhos.

