Benefícios da caminhada já não se medem em passos, mas em curto tempo e intensidade

Se é fã de caminhadas e lhes reconhece as vantagens para a saúde, saiba que um novo estudo acaba de revolucionar a maneira com olhamos para elas. Depois de tantos anos a falar sobre o número de passos ideais que devem ser feitos por dia para conseguir atingir o bem-estar, um estudo norte-americano vem apontar outras unidades de medida e com taxas de eficácia mais relevantes para contrariar a mortalidade.

A investigação levada a cabo durante 20 anos e junto de 85 mil adultos norte-americanos com idades entre os 40 e 79 e publicada no American Journal of Preventive Medicine, no mês de julho, avança que, mesmo quantidades reduzidas, as caminhadas em ritmo acelerado podem fazer uma diferença significativa.

Ao contrário da maioria dos estudos, esta análise não contou com americanos brancos de classe média, mas com adultos negros de parcos recursos, residentes em 12 estados do sudeste dos EUA e sem rendimento disponível para frequentar ginásios, trazendo uma população frequentemente esquecida neste tipo de pesquisas. "A caminhada rápida de apenas 15 minutos por dia foi associada a uma redução de quase 20% na mortalidade total", referem os autores do estudo citados em comunicado. Por oposição, os investigadores indicam que foi detetada apenas uma "redução de 4% na mortalidade em associação com mais de três horas de caminhada lenta diária".

A análise, que pode consultar no original aqui, revela que no período em estudo, de 2002 a 2022 morreram mais de 26 mil e 800 participantes, mas os que caminhavam rapidamente 15 minutos por dia demonstraram ter taxas de mortalidade mais baixas face os que o faziam sem agilidade. Importa referir que, no âmbito da análise, a definição de caminhada rápida inclui atividades como andar rapidamente, subir escadas ou fazer exercícios, atividades que acelerem a pulsação cardíaca.