Cinquenta e dois anos após a última vitória europeia, e depois de sete finais perdidas, o Benfica pode voltar a ser feliz na Europa. As águias são favoritas diante do Sevilha. Basta à equipa de Jorge Jesus fazer o que tem feito.
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No futebol, não há vencedores antecipados. Mas o trabalho desenvolvido ao longo da época pode antecipar vencedores. E é isso que acontece no jogo de hoje (19.45 horas, SIC), no duelo ibérico, marcado para o Juventus Stadium, em Turim.
De um lado, um Benfica com baixas importantes (Enzo Pérez e Salvio estão suspensos; Markovic só hoje sabe se será despenalizado), além da lesão de Fejsa, que obrigarão Jesus a apostar em Amorim, André Gomes e Sulejmani.
Mesmo assim, a águia é muito mais forte do que o Sevilha, quinto classificado da Liga Espanhola. Os andaluzes, sem ausências importantes contabilizadas, têm dois jogadores acima da média (o médio croata Rakitic e o avançado colombiano Bacca) e um coletivo capaz de fazer das fraquezas forças. Além disso, o campeão português vem de uma sequência de triunfos que não só o motivam como o parecem deixar imune às contrariedades.
Assim, quando as águias entrarem em campo para a 10.ª final europeia, terão uma possibilidade de inverter o que aconteceu desde as duas vitórias sob o comando de Béla Guttmann, em 1960/61 e 1961/62. E, ainda por cima, defrontarão um emblema espanhol, que, diz a história, é sinal de vitória. No entanto, uma final não é uma aula teórica, muito menos um trabalho prático. É um duro exame. Ontem, Jesus voltou a dizer que as finais não são para ganhar. Mas a de hoje, atendendo à balança que (des)equilibra o peso dos protagonistas, só pode ser para o Benfica vencer. Basta continuar a fazer tudo aquilo que já foi feito.