Abel também corre pelo estatuto de mais titulado

Que Abel Ferreira já é o maior treinador do Palmeiras não restam grandes dúvidas. Basta dizer que, entre os grandes do “verdão”, apenas um foi mais vezes campeão brasileiro e mais ninguém conquistou duas Taças do Libertadores e três títulos internacionais. Essa discussão, portanto, já não tem muito por onde pegar. Outra coisa, muito mais pragmática, logo à prova de dúvidas e opiniões, é o número de troféus vencidos por uns e outros. E aí o português ainda tem trabalho a fazer, embora o estatuto que Oswaldo Brandão conserva desde a década de 1970 nunca tenha estado tão em causa. A Supercopa do Brasil, amanhã (19 horas) em disputa frente ao vizinho e rival São Paulo, pode colocar Abel ao mesmo nível do homem que, curiosamente, também está entre os mais titulados do...…Corinthians, o outro principal antagonista do Palmeiras.

Pouco mais de três anos foi quanto Abel Ferreira precisou para conquistar um lugar de enormíssimo destaque na história palmeirense. No final da época passada, quando ainda persistiam dúvidas sobre a sua continuidade no clube, houve adeptos a sugerir a construção de uma estátua como forma de o convencer a ficar. Não foi preciso. Mas não espanta que estivessem dispostos a quase tudo para não perder aquele que “é mais importante do que qualquer contratação e do que qualquer jogador”. O Palmeiras nunca ganhou tanto em tão pouco tempo: desde novembro de 2020, são nove troféus, divididos por seis competições: Brasileirão (2), Copa do Brasil (1), Supercopa (1), Libertadores (2), Recopa (1) e Paulistão (2). É provável que o objetivo de superar o histórico Oswaldo Brandão – ganhou títulos pelos palestrinos em quatro décadas diferentes, de 1940 a 1970 – não tenha pesado na decisão de permanecer e até prolongar a ligação ao “verdão” até dezembro de 2025, no entanto essa escolha parece destinar Abel Ferreira a um pedestal ainda maior, quase de certeza inalcançável para os que se lhe seguirem.