Duas medalhas em jeito de marcos temporais, a selar o princípio e o fim de todas as alegrias... desportivas. "Escolhi a do meu primeiro título nacional e a do último", justifica o ex-andebolista Manuel Arezes. Até porque o primeiro teve significado histórico.
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"Foi uma noite fantástica. Ganhámos ao ABC, com o Pavilhão Américo de Sá completamente cheio. Era algo que o F. C. Porto não conseguia há 31 anos e, na altura, era o único título que faltava ao presidente Pinto da Costa", recorda o antigo capitão dos dragões.
Curiosamente, a época que pôs fim ao jejum (1998/99) ficou também marcada por um episódio 'sui generis', que envolveu o arquirrival. "Na altura, fomos à Luz, para jogar a primeira jornada do campeonato, e, quando lá chegámos, soubemos que não ia haver jogo porque o Benfica tinha desistido, por indicação do então presidente Vale e Azevedo", recorda.
Nem de propósito, as águias haveriam de ficar associadas ao derradeiro ponto alto de Arezes. "Outro momento marcante foi o meu último título, que conquistámos numa final do play-off contra o Benfica. Teve um sabor agridoce porque, apesar da festa, para mim foi um momento de despedida", explica. Era o fim de 16 anos de devoção ao azul e branco, com um Dragão de Ouro pelo meio (recebido em 2004/05) e mais de 30 internacionalizações A. Tudo enquanto ia fazendo carreira como economista - hoje, é responsável financeiro numa grande cadeia de supermercados.
Passe curto
Nome: Manuel João Maia Arezes
Naturalidade: Porto
Idade: 60 anos (03/03/1957)
Clubes que representou: Estrela e Vigorosa Sport e F. C. Porto
Principal título: cinco campeonatos nacionais, duas Taças de Portugal, três Supertaças, duas Taças da Liga