Treinador português pode ser campeão pela primeira vez e num dos períodos mais conturbados do maior clube cipriota.
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Não passou tanto tempo assim desde que ser campeão era quase uma formalidade para o APOEL Nicósia. Entre 2009 e 2019, o grande clube cipriota venceu oito dos dez campeonatos disputados, sete deles consecutivamente. Ao mesmo tempo, conciliava esse domínio interno com participações interessantes nas competições internacionais, incluindo a Liga dos Campeões, destacando-se vitórias sobre F. C. Porto, empates com Dortmund ou Ajax e até uma presença nos quartos de final. A atualidade, no entanto, é bem menos simpática e junta uma crise desportiva e outra financeira. Mas a primeira pode estar prestes a conhecer algum descanso, com Ricardo Sá Pinto a ficar com o ônus deste ressurgimento mais ou menos improvável, apesar de tudo.
Cinco anos volvidos, o APOEL está na iminência de voltar a ganhar um troféu e consolidar o estatuto de clube mais vezes campeão. Isto, ao mesmo tempo que os dirigentes não escondem a necessidade de se encontrar investidores que consigam tirar o clube do aperto em que se encontra, com as dívidas a acumularem-se de ano para ano. Para além disso, há planos para a construção de um novo estádio, visto como essencial para a sustentabilidade do APOEL, que, desde 1999, partilha um recinto municipal com o Omonia, o grande rival e, precisamente, o adversário do encontro de amanhã (17 horas), da penúltima jornada da liga, que pode acabar com a tal seca de títulos do emblema fundado há 97 anos com o objetivo primordial de representar a fação grega da capital cipriota.