Roger Schmidt parece ter a fórmula certa para atacar a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Primeira parte teve nota artística e um bis de Gonçalo Ramos
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Um Benfica com um onze já próximo do que deve abrir a temporada, em agosto, goleou o Fulham (5-1) e conquistou o Torneio do Algarve. Com apenas três semanas de trabalho, e com o foco apontado para o primeiro duelo da Liga dos Campeões, dentro de duas semanas, as águias deixaram uma imagem extremamente positiva, principalmente na primeira parte, onde o treinador Roger Schmidt voltou a repetir a equipa inicial (exceção foi Vlachodimos) do jogo com o Nice.
As águias tornaram a revelar o novo ADN que as transforma numa equipa extremamente pressionante, quase sufocante na linha ofensiva, dinâmica e intensa no meio-campo, além de criteriosa e com trabalho de laboratório nas bolas paradas. Argumentos que permitiram construir um resultado volumoso de forma tranquila.
A formação da Luz procura, essencialmente, ser um conjunto com superioridade numérica na zona da bola ou para onde antevê que o jogo flua, mesmo que, por vezes, pareça viver uma espécie de caos... organizado. Otamendi surgiu várias vezes a pressionar dentro da área e Rafa foi o último homem a parar um dos contra-ataques mais perigosos. Ações pouco frequentes, mas coordenadas.
Rafa, um golo, João Mário, duas assistências, e Gonçalo Ramos, que bisou, destacaram-se na etapa inicial.
Enzo Fernández deu sinais de garantias no coração do meio-campo e Florentino parece estar à frente de Weigl na luta pela titularidade.
David Neres indiciou que vai impressionar na Luz, mas, essencialmente, a equipa renovou a ideia de jogar sempre próxima e com os olhos na baliza, além de forçar o erro.
O objetivo tem, no entanto, um preço físico elevado e Schmidt tem até agora utilizado duas equipas. Resta perceber como o conjunto suportará a estratégia em 90 minutos.
No segundo tempo, Yaremchuk e Henrique Araújo ampliaram a diferença, enquanto Mitrovic assinou o tento de honra da equipa orientada por Marco Silva.