Akturkoglu foi um dos melhores das águias, Pepê esteve desaparecido e Rodrigo Mora só se viu a espaços.
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A noite pintou-se de um vermelho carregado na cidade Invicta. O Benfica repetiu a goleada da primeira volta do campeonato, desfez, de uma vez por todas, o sonho dos azuis e brancos em chegar à Liga dos Campeões e isolou-se, de forma provisória, no topo do campeonato. Um hat-trick de Pavlidis e um cabeceamento de Otamendi construíram o resultado que penalizou a falta de instinto matador de um dragão que até pode perder o terceiro lugar, caso o Braga pontue, esta noite, em Alvalade, onde defronta um Sporting que vai tentar recuperar a liderança do campeonato.
Quase cinco meses depois do 4-1 registado no Estádio da Luz nem o mais otimista dos adeptos benfiquistas poderia imaginar que a história se repetiria no Estádio do Dragão. Num clássico com casa cheia e bastante confusão nas bancadas, os cerca de 2500 simpatizantes encarnados só tiveram de esperar 40 segundos para fazer o primeiro momento de festa. Cruzamento de Akturkoglu e desvio de Pavlidis, com o auxiliar a marcar fora de jogo, que seria revertido pelo VAR. A resposta do F. C. Porto foi forte, mas deu logo para perceber que o caminho mais rápido para a baliza de Trubin não era uma linha reta. Samu ganhou na raça a Tomás Araújo e serviu Rodrigo Mora, mas o criativo não rematou de primeira e a chance perdeu-se. Foi um exemplo do que estava para vir, com o conjunto de Martín Anselmi a controlar a posse de bola, mas a revelar uma desinspiração quase total no cerco à área encarda.
O Benfica, pelo contrário, contra-atacava pela certa e quase sempre com perigo. Diogo Costa evitou o golo de Florentino, Akturkoglu acertou no poste e Pavlidis seguiu-lhe o exemplo antes de ampliar a vantagem em cima do intervalo. O remate falhado de Florentino transformou-se em assistência e o ponta de lança grego partiu os rins a Nehuén Pérez antes de atirar a contar.
O F. C. Porto foi rápido a regressar dos balneários, mas a celeridade não foi sinónimo de mudança. Pelo contrário, os dragões perderam, de vez, o controlo da bola e Pavlidis castigou a apatia da defesa, com um golpe de cabeça após cruzamento de Di María.
Os portistas só reduziram aos 81, com Samu a aproveitar a recarga após uma defesa de Trubin a remate de Fábio Vieira, mas a esperança de uma recuperação épica esfumou-se num cruzamento falhado de Moura, que tinha Samu em boa posição. Otamendi confirmou a goleada nas compensações e a festa dos jogadores encarnados no relvado foi enorme, contrastando com mais uma noite de pesadelo azul e branco.