João Mário e Grimaldo apontaram os golos dos encarnados frente aos pacenses, que jogaram com menos um elemento na segunda parte devido à expulsão de Denilson
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A exibição não foi vistosa, persistiram lacunas coletivas, mas o Benfica voltou, ontem, às vitórias e está mais próximo do Sporting, o segundo classificado. O triunfo, por 2-0, frente ao Paços, foi abrilhantado com um golo de Grimaldo de fora de área, que acalmou a equipa na segunda parte, após o tento inagural de João Mário em cima do intervalo.
Marcada pela expulsão de Denilson nos descontos do primeiro período, que deixou os pacenses reduzidos a dez, a partida teve curiosamente um Benfica mais organizado e sereno até ficar em superioridade numérica. A equipa criou várias oportunidades de golo claras que foram desperdiçadas à vez pelos avançados de serviço, Gonçalo Ramos e Seferovic.
Forçado a efetuar várias mudanças no onze devido ao surto de covid, Nélson Veríssimo manteve a estratégia de 4x4x2 e deu bons frutos. Após uma entrada nervosa, o Benfica acalmou e assentou o seu jogo, apesar de ter falhado rotundamente na eficácia. Everton deu asas ao setor esquerdo e Rafa, no seu estilo habitual, impôs velocidade em lances bem desenhados. No primeiro período, a equipa de César Peixoto praticamente não se viu, sem capacidade de rasgo no ataque, e teve a ainda a contrariedade de ter ficado a jogar com menos um.
Apesar das hipóteses, no plano teórico, terem ficado mais reduzidas de pontuar na Luz, o Paços de Ferreira arriscou no segundo período, o que tornou o duelo mais interessante. Diaby e Lucas Silva tiveram oportunidades de chegar ao empate, colocando a nu as dificuldades defensivas do Benfica, que responderia também com incursões perigosas. No entanto, já depois de se ouvirem assobios, tudo mudou com o tento de Grimaldo, o golo 6000 das águias na liga. O Paços atirou a toalha ao chão e o Benfica desperdiçou em várias ocasiões o 3-0, com destaque para um remate de Darwin à barra, já sem ninguém na baliza. Após duas derrotas seguidas no Dragão, os lisboetas recuperaram autoestima, mas o treinador tem um longo trabalho a fazer.
Mais: Everton esteve bem na primeira parte, assim como Rafa. No segundo período, o golo de Grimaldo foi o melhor apontamento da equipa.
Menos: Lutou, fez boas triangulações, mas na hora de rematar Gonçalo Ramos foi um desastre. Seferovic e Darwin não conseguiram fazer melhor.
Árbitro: Denilson foi bem expulso, atingiu Grimaldo, mas Otamendi também deveria ter visto o vermelho por pisar Eustáquio. Arbitragem negativa.
Veja o resumo do jogo:
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