Clifton Broumand está a caminho da Rússia para estar no décimo Campeonato do Mundo seguido. Tudo começou há quase 40 anos...
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Clifton Broumand formou-se, empregou-se, começou a usar óculos contra a miopia, emancipou-se, tornou-se num empresário de sucesso, perdeu o cabelo, casou. Desde o início da década de 1980, fez isto e muito mais, ao mesmo tempo que, de quatro em quatro anos, se organizava de maneira a passar umas semanas a ver futebol, quase sempre longe de casa: na Rússia, o senhor Broumand vai estar no décimo mundial consecutivo.
Não é por a seleção não se ter apurado para o próximo Campeonato do Mundo que os Estados Unidos da América não estarão representados no maior país do Globo. Pelo contrário, tirando os russos, foram os norte-americanos quem mais bilhetes comprou para os jogos que decorrerão na Rússia e, claro, entre eles está Clifton Broumand. Como é costume desde 1982. Tudo começou em Espanha, passou pelo México (1986), por Itália (1990), pelos EUA (1994), pela França (1998), pela Coreia do Sul e pelo Japão (2002), pela Alemanha (2006), pela África do Sul (2010), pelo Brasil (2014) e continuará este ano, na imensa Rússia. À boleia do futebol e da panca por Mundiais, Clifton já andou pela América do Sul, Europa, Ásia e África. Uff!!
Ainda que, normalmente, viaje sem bilhetes porque, explicou ao "Washington Post", fica mais em conta comprá-los no estádio - "à medida que o início do jogo se aproxima, o preço baixa" - assistiu a jogos em todos os mundiais que se propôs a participar e, se tudo correr como o planeado, na Rússia vai atingir a 150.ª internacionalização no palco maior do futebol de seleções. A ideia é ver, ao vivo, 13 encontros no torneio russo, mas, regra sagrada, longe das principais metrópoles. Foi assim no Brasil, quando nem pôs os pés no Rio de Janeiro e em São Paulo, e será assim na Rússia: Moscovo? Nem pensar. "Vai estar uma confusão", diz. Estará em Kazan, pertinho de Samara, Saransk e Nizhny Novgorod, onde planeia concretizar o plano.
Para já, é garantido que se sentará nos estádios que vão receber o Alemanha-Coreia do Sul, o Suécia-Coreia do Sul e o Dinamarca-Austrália. Depois, é andar atento e procurar um homem careca, de óculos, enrolado na bandeira dos EUA e de dedo em riste, numa espécie de sinal universal para "alguém tem um bilhete, por favor?".