O americano Robby Gordon (Hummer) foi esta sexta-feira o mais rápido na 12.ª etapa do rali de todo-o-terreno Dakar2012, uma especial de 245 quilómetros totalmente no Peru marcada por um longo cordão de dunas.
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Os obstáculos de areia afectaram vários pilotos, entre os quais o líder, o francês Stephane Peterhansel (Mini), e o português Carlos Sousa (Haval), mas acabou por não ser determinante em termos de classificação, já que os atrasos não foram grandes.
Gordon, que compete à condição, já que recorreu de uma exclusão da prova, decidida pelos juízes, chegou ao final em, Nazca, em 2:14.32 horas, com o russo Leonid Novitski (Mini), a ser segundo a 15.18 minutos.
Na luta direta pelo primeiro lugar, o espanhol Joan Roma (Mini) foi quinto, a 23.38, e Peterhansel sétimo, a 26.27. Comanda Peterhansel, com um total de um dia e 11:19.04 horas, com Roma a 20 minutos exactos.
Os dois portugueses em prova, Ricardo Leal dos Santos (Mini) e Carlos Sousa (Haval), foram respectivamente nono e décimo, a 39.21 a 40.05 de Gordon.
Na geral, Carlos Sousa "resvalou" um lugar, de sétimo para oitavo, ultrapassado pelo holandês Ten Brinke (Mitsubishi) - que foi quarto nesta jornada. Tem um atraso de 4:18.21 horas para o primeiro. Leal dos Santos manteve-se no nono lugar, a 4.51.05 de Peterhansel.
"Os carros que abriam a pista e onde nós estamos incluídos, foram desta vez traídos pelo facto de as motos terem optado por um traçado entre dunas que não era nada favorável aos automóveis. Numa zona de dunas pouco espaçadas entre si, foi difícil progredir sem atascar ou cair em buracos", disse no final Leal dos Santos.
A juntar a isso, passou por uma tempestade de areia "que limitou a visibilidade", pelo que "é óbvio que o dia foi muito complicado".
Carlos Sousa até começou bem a etapa, mas cometeu um erro de navegação na parte final do percurso, uma situação agravada pelas fortes dores no pescoço e cabeça de que se queixa o navegador Jean-Pierre Garcin, depois do choque sofrido quinta-feira na transposição de uma duna.
"Começámos muito bem a etapa, mas depois tive que mesmo que levantar o pé porque o Jean-Pierre [Garcin] começou a sentir-se muito mal. Por momentos, cheguei a pensar que teríamos que desistir, mas lá conseguimos continuar, embora a um ritmo bem mais lento que na primeira parte da especial", disse Carlos Sousa à chegada ao acampamento de Nasca.
Com Garcin diminuído, cometeu um erro de navegação que o fez perder mais de 15 minutos e entrar no cordão de dunas final já depois de alguns camiões.
"Sem notas, acabei por errar um cruzamento e fazer mais sete quilómetros para a frente e para trás, o suficiente para chegar às dunas já depois dos primeiros camiões e quando a areia já estava muito destruída", explicou.
A desistência ainda não está totalmente afastada, já que Garcin foi para exames médicos, no hospital.