A corrida dos clubes da Arábia Saudita às contratações está a motivar investimentos como nunca se viu no futebol. Gabri Veiga, jovem espanhol de 21 anos, também embarca na aventura e confirma que a aposta não se fica pelos jogadores em final de carreira. Com muita polémica à mistura.
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Os clubes da liga principal de futebol da Arábia Saudita já investiram mais de 800 milhões de euros em contratações, isto sem contar com prémios de assinatura e ordenados dos jogadores. Depois de Cristiano Ronaldo, craques de renome como Benzema e Neymar, só para citar mais dois exemplos, deixaram-se envolver pelo poder dos petrodólares, ajudando a mudar o conceito do futebol do país e do Mundo inteiro.
A Arábia Saudita, que na época 2022/23 investira apenas 43 milhões de euros em contratações de futebolistas, já passou, neste verão, a barreira dos 800 milhões, tendo capacidade de atingir números ainda mais altos, até atendendo a que o mercado, naquele país, encerra apenas a 20 de setembro.
O luso-brasileiro Otávio (F.C. Porto), foi dos últimos a chegar ao Médio Oriente, com um investimento do Al Nassr de 60 milhões de euros, igualando a contratação de Malcom, pelo Al Hilal, e ficando a 30 milhões da compra mais alta, que foi Neymar, também para o Al Hilal (90 milhões de euros).
O ritmo diário de contratações não abranda e, depois do “Baixinho”, o Al Nassr já foi buscar Aymeric Laporte ao Manchester City (27,5 milhões de euros), ainda que a mais surpreendente aposta desta semana tenha sido Gabri Veiga, dada a juventude do futebolista espanhol (21 anos). A contratação do jogador do Celta de Vigo pelo Al Ahli, que terá custado 40 milhões de euros, surgiu de forma inesperada, dado que era apontado ao Nápoles e acabou no Médio Oriente.
“O acordo vai mudar de maneira positiva a vida de Gabri Veiga. Dói, mas vai também ajudar o clube financeiramente. Isto prova que a Arábia não é só um lugar para velhos”, disse o técnico espanhol Rafa Benítez, que agora está à frente do clube galego.
Menos compreensiva foi a reação de Toni Kross, jogador do Real Madrid. “Vergonhoso”, escreveu, a propósito, o médio alemão dos merengues, nas redes sociais, alimentando um debate que continua na ordem do dia.