Técnico elogia a confiança da direção e a resiliência da equipa nos momentos mais complicados da época.
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A manutenção antecipada na Liga, na sequência da derrota da Belenenses SAD frente ao Famalicão (3-2), foi celebrada pela equipa técnica com um brinde na casa de Armando Evangelista, um treinador feliz pelo objetivo alcançado, mas que ainda não desligou a ficha relativamente à atual temporada.
"Temos um jogo pela frente que vai ditar o futuro de três clubes. Temos de continuar a ser sérios, para os respeitar", diz, em alusão à receção à Belenenses SAD, no sábado (15:30), para a última jornada da Liga.
Ainda assim, Evangelista não esconde o orgulho por, em dois anos, "subir e manter" o Arouca na Liga, uma equipa que foi "ultrapassando obstáculos, por vezes levando uns "socos", mas sempre com capacidade para se reerguer".
Até a questão geográfica pesou no planeamento da temporada. "Não entendo isso muito bem, porque não é assim tão difícil cá chegar como se pinta, mas isso acarreta dificuldades na hora de convencer um jogador a vir para Arouca", explica.
O técnico realça a confiança da direção nos momentos mais difíceis da época, em que os resultados não eram os melhores, vincando a "confiança no processo que vinha do ano passado". "O resultado está aí. Compensou", constata, alargando a análise aos restantes clubes que, tal como o Arouca, subiram, na época passada, à Liga, Estoril e Vizela.
"Todos conseguiram a permanência e mantiveram os treinadores até final, o que acontece muito pouco no nosso campeonato. Tem-se pouca paciência. Tanto se acredita como se deixa de acreditar", desabafa.
Num "clube pequeno, mas unido" como o Arouca, a permanência é mais um passo, importante, para poder "conseguir outro tipo de estabilidade e afirmar-se na Liga sem sobressaltos", um ideal que terá de ser construído nos próximos anos, acredita o treinador.
Mas essas são contas para se fazer mais lá para diante. E por falar nelas, nas contas, Armando Evangelista estará longe de lamentar ter falhado a previsão de que 30 pontos não seriam suficientes para garantir a manutenção na Liga.
"Até nisso foi um bocado atípico porque, nesta fase, as equipas que estão nos últimos lugares costumam pontuar muito mais. Estava convicto de que 30 pontos não iam chegar, mas quando se erra desta forma, em benefício próprio, ficamos contentes com isso", confessa, entre sorrisos.