Joaquim Gomes: "Será a Volta com mais finais em montanha dos últimos anos e uma das mais exigentes"
Joaquim Gomes, Diretor da Volta a Portugal, analisou o percurso, falou das novidades e debrouçou-se, ainda, sobre o calendário e as datas em que se realiza a prova.
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Como classifica o percurso desenhado para esta edição da Volta?
No formato recente da prova, esta será a Volta com mais finais a terminar em montanha. Diria que é das mais exigentes dos últimos anos, o que, do ponto de vista mediático, é importante. Todas as etapas terão um ponto de interesse.
E a começar logo com uma chegada inédita em Braga...
Sim, vamos ter uma chegada no Santuário do Sameiro, na etapa inicial, que finaliza na segunda passagem pelo local, e que pode logo, no primeiro dia, gorar os planos dos teóricos favoritos. Serão desafios constantes.
Haverá menos oportunidades para os sprinters vencerem?
Para os velocistas puros, a grande oportunidade vai surgir apenas na chegada a Viseu. Depois, haverá outras etapas, em que antes da meta há subidas complicadas e que vão exigir desses corredores um grande esforço.
Qual será a grande novidade no percurso desta edição?
A nona etapa, que parte de Alcobaça, desenrola-se toda na região do Oeste e termina na Serra de Montejunto, numa subida muito difícil, que a Volta a Portugal não visitava há mais de 40 anos.
Como vê a ausência, este ano, de algumas espanholas, com tradição na Volta?
Esta é uma prova muito exigente, que provoca um grande desgaste nos corredores, e isso pesa no planeamento das equipas estrangeiras, sobretudo quando, por esta altura, têm provas nos seus países, onde estão os respetivos patrocinadores.
Isso merece uma reflexão sobre as datas em que se realiza a Volta?
Culturalmente, faz sentido a Volta ser em agosto, mas creio que se pode fazer uma análise à estratégia que queremos para o futuro da prova. Se a Volta fosse em abril, certamente teríamos cá equipas do World Tour.