Treinador do F. C. Porto apela a um "jogo inteligente" dos dragões para dar a volta à eliminatória com o Inter.
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Com um golo de desvantagem trazido da primeira mão, o F. C. Porto recebe na terça-feira o Inter de Milão, à procura de um lugar nos quartos de final da Liga dos Campeões. Sérgio Conceição espera uma partida "muito difícil", mas acredita que o apuramento é possível.
"Temos de ser uma equipa intensa, agressiva, pressionante e inteligente. Vamos a meio de um jogo em que estamos a perder, é preciso não esquecer isso. A paciência é importante, mas temos 90 minutos para virar este resultado. Sermos impacientes e ir para cima, para procurar rapidamente o golo, também pode resultar", afirmou o técnico dos dragões, na antevisão do duelo com a equipa italiana.
"Espero um jogo equilibrado e muito difícil, contra uma equipa recheada de bons jogadores, que alinham quase todos nas respetivas seleções. Temos noção das dificuldades, mas também do que somos capazes de fazer. Nestes jogos de altíssimo nível, temos de jogar da forma como nos sentimos mais confortáveis", acrescentou, dando a entender que não fará grandes modificações táticas em relação ao modelo habitual do F. C. Porto, num jogo em que, conforme revelou, não poderá contar com o lesionado João Mário.
Questionado sobre as razões da menor qualidade das exibições dos últimos jogos do campeonato, Conceição disse que "as incidências" dos mesmos, nomeadamente na derrota com o Gil Vicente, não foram boas para os portistas. "Todos vimos o que se passou nesse jogo. Eu, se calhar, devia ter feito mais, os jogadores também, tal como a equipa de arbitragem", sublinhou.
Após o jogo de Chaves, Sérgio Conceição referiu que, por vezes, a equipa tem de "tocar bombo em vez de violino" para conseguir bons resultados e, apesar de a Champions ser um contexto diferente, o treinador azul e branco não desiste da ideia. "Depende dos ouvintes. O que os adeptos querem é ganhar, seja com bombo, violino ou concertina", atirou, justificando o silêncio das últimas semanas com o "ruído" do futebol português: "Como disse o presidente e bem, calado faço um belíssimo discurso".
Sobre o Inter, que vem de uma derrota com o Spezia na Série A italiana, que aumentou a pressão sobre o treinador Simone Inzaghi, Conceição desviou o assunto. "Não sou treinador do Inter. Num clube destes, que está habituado a vencer, todas as derrotas são pesadas, mas penso que, a nível mental, isso não entrará em campo amanhã. Vão defrontar-se duas equipas com enorme peso histórico, mas nestas ocasiões os jogadores só pensam em dar o melhor e em fazer o que foi preparado para o jogo".