Bruno de Carvalho considerou esta terça-feira que a suspensão de 12 meses que lhe foi aplicada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar do clube expirou a 13 de junho e que foi indevidamente impedido de estar presente na última Assembleia Geral. O ex-líder dos leões afirmou que não estará presente na reunião de sábado.
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"É lamentável que um Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) constituído por antigos juízes e advogados não tenha o conhecimento de que, apesar da pena de suspensão de 12 meses me ter sido notificada a 2 de agosto de 2018, eu já estava suspenso preventivamente desde o dia 13 de junho de 2018", escreveu o ex-presidente do Sporting no Facebook.
Na segunda-feira, a Mesa da Assembleia Geral informou que Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho teriam 15 minutos para falar mas que as urnas de voto abrem logo no início da AG, facto que levou o ex-líder leonino a optar pela ausência na reunião de sábado.
"Perante o conteúdo do comunicado de ontem da MAG, onde informam que abrirão as urnas para votação no momento da abertura efectiva da AG, contrariando o nosso pedido expresso, os Estatutos, os Regulamentos e a Lei, não temos outra alternativa que não a já expressada por nós na carta de 12 de Março, onde fomos perentórios a comunicar que se tal sucedesse, não iríamos estar presentes na AG".
Bruno de Carvalho revela ter questionado o Sporting no dia 27 de junho sobre a situação de associado, visto que no site do clube se mantém a designação de suspenso, apesar de, segundo ele, já o estar há cerca de 13 meses quando o castigo aplicado era apenas de 12.
Perante o pedido de esclarecimento, o Sporting respondeu a Bruno de Carvalho, informando-o que a pena de suspensão de 12 meses que lhe foi aplicada pela anterior Comissão de Fiscalização só será cumprida a 2 de agosto de 2019, que é quando se cumprirá um ano sobre a data em que foi notificado.
Bruno de Carvalho considera que não pediu "descontos no cumprimento da pena de suspensão", mas apenas que se cumpram os estatutos do clube.
"Com esta interpretação, contrária à Lei, na prática o CFD está-me a aplicar uma pena de cerca de 14 meses e não a pena de 12 meses que foi a decidida", concluiu Bruno de Carvalho, que revelou ainda não ter estado presente na assembleia geral de dia 29 de junho, no sábado, por lhe ter sido, indevidamente, vedado o acesso à mesma.
Bruno de Carvalho, de 47 anos, presidiu ao clube leonino entre 2013 e 2018, altura em que foi destituído do cargo, em Assembleia-Geral, tendo o Sporting anunciado na altura que este cometeu 12 infrações disciplinares, enquanto Alexandre Godinho foi punido com a sanção de expulsão de sócio devido a 10 infrações disciplinares.