Cancelamento dos Jogos Olímpicos "destruiria o sonho de 11 mil atletas"

Poucas horas depois de o Comité Olímpico Internacional (COI) dar um período de quatro semanas para decidir sobre a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, mas apenas com o adiamento na agenda, o dirigente alemão enviou uma carta aos atletas a explicar que o cancelamento "não iria resolver nenhum problema, nem ajudar ninguém".

"Tal como vocês [atletas], nós estamos com um dilema: o cancelamento dos Jogos destruiria o sonho olímpico de 11 mil atletas dos 206 comités olímpicos nacionais, da equipa olímpica de refugiados do COI e muito provavelmente para os atletas paralímpicos", disse o dirigente alemão.

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Bach considera que, caso tivesse adiado os Jogos no dia de hoje, "não conseguiria determinar uma nova data", preferindo continuar a acompanhar e a observar "os desenvolvimentos e melhorias nos diversos países, perante as medidas que estão a ser tomadas".

Contudo, e independentemente do desfecho, o presidente manifesta-se preocupado com a doença e insiste que a "prioridade é a vida humana", assegurando que o organismo tem o objetivo de "fazer parte da solução".

A complexidade de adiar os Jogos, previstos para decorrerem entre 24 de julho a 09 de agosto, foi também abordada por Bach, que evidenciou o que está em causa.

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"Vários locais necessários para os Jogos podem não estar mais disponíveis e a situação com os milhões de noites já reservadas em hotéis é extremamente difícil de gerir. O calendário desportivo internacional de, pelo menos 33 desportos olímpicos, teria de ser adaptado", esclareceu.

Por fim, o líder do COI mostrou que não fica indiferente e lamentou a "tremenda incerteza" vivida pelos atletas já apurados, por aqueles que ainda não asseguraram a vaga em Tóquio2020 e por todos aqueles que não conseguem treinar nas melhores condições.