Carlos Almeida bateu pela segunda vez o recorde nacional dos 200 metros bruços de piscina curta e fixou-o em 2.05,59 minutos, o que lhe valeu o quinto lugar na final dos Europeus, que terminaram em Chartres, França.
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O nadador radicado nos Estados Unidos retirou mais de três segundos à marca alcançada nas eliminatórias (2.08,77), que, por sua vez, melhorava em três centésimos o anterior recorde, estabelecido por Nuno Quintanilha em dezembro de 2009.
Carlos Almeida ficou a 38 centésimos da medalha de bronze, conquistada pelo ucraniano Andriy Kovalenko, numa prova ganha pelo russo Viacheslav Sinkevich e em que a prata foi para outro ucraniano, Igor Borysik.
Este foi o quarto recorde nacional estabelecido pelo lisboeta, depois de também ter batido por duas vezes a melhor marca dos 100 metros bruços, na quinta-feira, fixando-a em 58,19 segundos, num total de nove recordes absolutos de Portugal conseguidos pela seleção ao longo dos quatro dias de competição.
"O balanço é positivo, porque consegui atingir os tempos que tinha estabelecido como objetivo, embora não tenhamos alcançado nenhuma medalha", afirmou Carlos Almeida, que vai regressar aos Estados Unidos e falha a presença nos Mundiais de Istambul de piscina curta, dentro de duas semanas, uma vez que coincidem com os exames finais na Universidade.
Também presente numa final, Diogo Carvalho ficou no oitavo lugar dos 100 estilos, com a marca de 54,00 segundos, registo um pouco superior ao recorde nacional que detém desde abril de 2009 (53,28). Foi a terceira final em que participou neste evento a 16.ª em Europeus de piscina curta.
Satisfeito com o desempenho em Chartres, o nadador do Galitos de Aveiro já tem objetivos definidos para Istambul: "lutar por melhorar os meus tempos em todas as provas. Tudo o que vier por acréscimo é bom", disse Diogo Carvalho, citado pela assessoria da Federação Portuguesa de Natação (FPN).
A seleção portuguesa despediu-se de França com nove recordes nacionais absolutos batidos, por Alexis Santos (50 m costas por duas vezes e 100 m costas), Carlos Almeida (100 e 200 m bruços, ambos por duas vezes) e Pedro Oliveira (200 m costas por duas vezes).
Com a presença em seis finais (Carlos Almeida, 100 e 200 bruços; Diogo Carvalho, 100, 200 e 400 estilos; Pedro Oliveira, 200 costas), o selecionador, José Manuel Borges, que se estreou no cargo em grandes competições, considerou que foram cumpridos todos os objetivos.
"Conseguimos um quarto e um quinto lugar, com os nadadores a lutarem até ao fim por um lugar no pódio, e alcançámos nove recorde nacionais. A seleção mostrou uma atitude muito competitiva e começámos da melhor maneira um novo ciclo olímpico e uma época que terá dois Campeonatos do Mundo, de piscina curta e longa", disse o técnico.
José Manuel Borges defende que Portugal pode regressar em breve à conquista de medalhas, se tiver regularidade: "Se formos capazes de nadar como neste Europeu com consistência, chegaremos ao pódio mais cedo ou mais tarde", vaticinou.