Boris Becker já teve 200 milhões de euros na conta, mas agora é insolvente e está obrigado a leiloar taças e medalhas.
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Boris Becker é um homem de grandes feitos, só que para mal dos seus pecados não é só no ténis que os acumula. Sim, não é qualquer um que ganha seis Grand Slams, quase 50 torneios e ainda uma medalha de ouro olímpica. Também não é para todos construir uma fortuna de quase 200 milhões de euros e muito menos pegar nela e desperdiçá-la. Becker, que declarou falência no ano passado, chegou ao ponto de ter de colocar à venda alguns dos troféus que a carreira de tenista lhe deu.
Em 2017, um tribunal de Londres só confirmou a desgraça que tinha sido a vida financeira de Boris Becker. À conta de dívidas mastodônticas, o ex-tenista alemão já não tinha como pagar 3,5 milhões de euros a um banco de investimento e ainda por cima havia aquele ex-sócio a reclamar mais uns quantos milhões. Depois de tempos dados a todo o tipo de extravagâncias, era tempo de descer à terra e perspetivar uma existência bem mais modesta. Só que o pior ainda estava para vir. O insolvente Boris Becker ainda tentou a sorte como treinador, só que a relação com Novak Djokovic também não chegou para lhe afogar as mágoas e minimizar os problemas. Pelo contrário. E esta semana, foi altura de bater ainda mais no fundo.
De acordo com a imprensa germânica, até algumas das taças mais importantes do passado tenista de Boris Becker estão à venda, de maneira a enfrentar os problemas financeiros. Mas também há relógios, sapatilhas, calções, camisolas, medalhas, raquetes e mais uma série de coisas que dão corpo ao património que está em leilão. Ao todo, consta que são 81 os objetos com que Boris Becker pretende arrecadar o dinheiro que lhe dê um novo fôlego económico e lhe permita ganhar alento contra a crise.
Dos artigos em exposição, que vão de prémios de carreira a acessórios pessoais, destaca-se uma réplica da Taça Rensaw, que marca o facto de o alemão ter sido o mais jovem (17 anos) campeão de um Grand Slam, avaliada em qualquer coisa como oito mil euros, e umas sapatilhas autografadas, usadas por ele no Open da Austrália de 1996, e cuja licitação começa pelos 500 euros. Que venha de lá o leilão. Para bem da saúde de um dos melhores tenistas de todos os tempos. E das respetivas finanças.