A Guarda Nacional Republicana e o Automóvel Club de Portugal anunciaram, esta terça-feira, as principais medidas de segurança para a edição de 2023 do Rali de Portugal, que vai para a estrada na sexta-feira e que, ao longo de três dias, terá em ação 2900 militares da GNR. São esperados "largos milhares de adeptos" nos troços do Centro e Norte do país e os conselhos são os mesmos que contribuíram para o sucesso do evento dos anos anteriores: permanecer nas zonas espetáculo e respeitar as indicações dos "marshalls" e as ordens das forças de segurança.
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"O objetivo da Guarda será garantir a segurança no deslocamento, acesso e decurso no maior evento desportivo nacional, para que exista clima de tranquilidade pública e em plena segurança. A partir do final do dia 10 e até domingo a GNR irá desenvolver operação de segurança e patrulhamento intensivo", resumiu o Major Hernâni Martins, da divisão de Comunicação e relações públicas da GNR, antes de detalhar os números da operação.
"Teremos cerca de 2900 militares envolvidos em toda a prova, numa média de 700 por dia. O dispositivo da guarda atuará de forma preventiva, mas estará preparado para todas as circunstâncias", realçou, admitindo que o fim das restrições impostas pela covid-19 faz prever a presença de "muitos milhares de adeptos, sobretudo portugueses e espanhóis", a quem é feito outro apelo: "cumpram o código da estrada e respeitem sempre as ordens da guarda e as indicações dos marshalls".
"Custos começam a ser insuportáveis"
Também presente na conferência de imprensa realizada no Porto esteve Horácio Rodrigues, que é, mais uma vez, o diretor da prova do Rali de Portugal.
"Tem uma estrutura idêntica à dos anos anteriores, com algumas novidades: a superespecial da Figueira da Foz, na sexta-feira, e um troço novo em Paredes, onde será aproveitado parte do percurso do shakedown. No último dia teremos Cabeceiras de Basto, que é feito no sentido contrário ao que era feito", lembrou, antes de reconhecer o enorme esforço financeiro que é feito pelo ACP para garantir a segurança de todos.
"Este evento implica um grande meio de segurança, algo fundamental para este rali e contamos com a colaboração da GNR, sem a qual este rali seria quase impossível de realizar. Isto tem custos, que começam a ser insuportáveis - claro que é dinheiro bem aplicado a acreditamos que, com o acordo de todos, vamos chegar a bom porto [para futuros eventos]. Teremos também o apoio do INEM, Proteção civil. PSP. Todos os meios de segurança estão enquadrados e agilizados", garantiu Horário Rodrigues.
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Depois de muitos anos de sensibilização, o diretor de prova nota uma evolução no comportamento dos adeptos portugueses: "De ano para ano notamos que o público se comporta cada vez melhor, esperamos que continue assim. Não é preciso muito: basta estarem nas zonas espetáculo e seguir as instruções. Se todos cumprirmos, o rali será um êxito. Também notamos melhoria na política ambiental. Não queremos deixar rastos do rali, a não ser as marcas dos pneus na estrada", finalizou Horácio Rodrigues.