A prova, que decorre de 11 a 14 de maio, foi apresentada esta terça-feira e já tem 88 equipas inscritas.
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Na sessão de apresentação da quinta etapa do World Rally Championship desta época, realizada esta terça-feira, na sede do Automóvel Clube de Portugal, em Lisboa, o presidente da comissão organizadora do evento, Mário Martins Silva, admitiu que uma das metas definidas para esta edição é a manutenção da acreditação ambiental da FIA, atribuída às últimas seis provas realizadas em solo português. O responsável pela competição espera que o evento "seja recordado pela ausência de acidentes", e reforça que a "segurança dos espetadores é essencial". Mário Martins Silva revelou ainda que são esperadas 88 equipas, o maior número de inscritos registado em todo o campeonato.
O impacto económico deste evento automobilístico não foi esquecido. O presidente do Turismo da Região Centro, Pedro Machado, acredita que as autarquias vão recuperar o investimento realizado para a preparação dos percursos, na forma de um aumento da taxa de ocupação dos estabelecimentos de alojamento, e de uma subida na procura da gastronomia local, entre outros serviços. Já o vice-presidente do Turismo do Porto e Região Norte, Inácio Ribeiro, assume que a organização da prova de rally é "a melhor forma de mostrar ao mundo que temos um território fantástico", e defende que o "Rally de Portugal é a melhor prova do circuito".
Sobre o retorno financeiro da competição, o Presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, não avançou com números concretos, mas afirmou que espera que o evento ultrapasse as receitas da edição passada, de 155 milhões de euros, mantendo a tendência crescente dos últimos anos, travada, temporariamente, pela pandemia da covid-19. São esperados ainda, tal como no ano passado, mais de um milhão de espetadores, 300 mil dos quais estrangeiros, nomeadamente de Espanha, disse o representante do ACP.
O Rali de Portugal 2023 começa no dia 11 de maio, na Lousã, e termina no dia 14, em Matosinhos. Nesta edição, as corridas voltam à Figueira da Foz, com uma super-especial, quase 30 anos depois, e passam ainda por Paredes, uma das novidades no itinerário da prova. Para assegurar o bom funcionamento da competição, vai ser montada uma "gigantesca operação de logística e recursos humanos", com mais de 8 500 pessoas credenciadas, 1090 elementos da GNR, para garantir a segurança de todos os participantes, e 50 camiões com equipamento de logística, que se juntam aos 80 camiões das equipas participantes.