Ciclista esloveno da UAE-Emirates venceu as duas últimas edições da Volta a França e parte como favorito para a corrida que arranca na sexta-feira e passa por quatro países.
Corpo do artigo
Na sexta-feira, a 109.ª edição da Volta a França, prova rainha da modalidade, estará na estrada até 24 de julho para percorrer mais de 3 300 quilómetros, divididos por 21 etapas. As maiores atenções nos duelos pela conquista da mais famosa camisola amarela do Mundo voltam a recair sobre o jovem esloveno Tadej Pogacar (UAE-Emirates) que, depois de vencer a prova nos dois últimos anos, vai tentar o tri para entrar no restrito lote de oito corredores que atingiram o feito na história do Tour.
Mas na linha de partida da corrida, este ano em Copenhaga, na Dinamarca, estarão outros nomes com potencial para quebrarem a hegemonia de Pogacar, nomeadamente o compatriota Primoz Roglic (Jumbo-Visma) e o seu companheiro de equipa, o dinamarquês Jonas Vingegaard. Seguem-se os homens fortes da INEOS, Daniel Martínez e Geraint Thomas, e, num segundo plano, como agitadores da prova, o espanhol Enric Mas (Movistar), o russo Aleksandr Vlasov (Bora-Hangshore) ou até o veterano inglês Chris Froome (Israel-Premier Tech).
Para as decisões ao sprint, o cartaz também é de luxo, antecipando-se uma renhida luta pela camisola verde entre velocistas como Caleb Ewan (Lotto-Saudal), Sam Bennet(BoraHangshore), Peter Sagan (TotalEnergies),Fabio Jakobsen(QuickStep) ou Mathieu van der Poel (Alpecin-Fénix).
Além do arranque na Dinamarca, esta Volta a França vai também passar pela Suíça e Bélgica, totalizando incursões por quatro países, o que já não acontecia desde 2017. O percurso contempla dois contrarrelógios, seis etapas propícias a decisões ao sprint e cinco chegadas em alta montanha. As maiores dificuldades estão reservadas para as duas últimas semanas, na incursão pelos Alpes, com as subidas consecutivas ao Col du Galibier, o ponto mais alto da corrida a 2,642 metros de altitude, na etapa 11, e, no dia seguinte, na chegada ao topo do Alpe d"Huez, que não entrava no lote de metas do Tour há cinco anos.
Na parte final da corrida, serão os Pirenéus a fazer a seleção dos mais fortes, com outras duas chegadas em altitude, em Peyragudes (etapa 17) e Hautacam (18), que vão testar as pernas dos trepadores, antes do contrarrelógio final, de 40 quilómetros, na tirada 20, que antecipa a etapa de consagração, com a mítica chegada nos Campos Elísios, em Paris.
Rúben Guerreiro é o único português
Entre os 176 ciclistas, divididos por 22 equipas, que vão integrar o pelotão desta edição da Volta a França, apenas Rúben Guerreiro, pela EF Education-EasyPost, deve representar as cores nacionais. A maioria das formações ainda não apresentou a lista final dos selecionados, mas nomes como João Almeida, Rui Costa ou Nélson Oliveira devem ficar de fora.