O jogo entre F. C. Porto e Benfica foi o duelo com menos remates nos últimos 10 clássicos realizados entre as duas equipas e o único que terminou sem golos.
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No total, dragões remataram em oito ocasiões, já as águias em quatro, num saldo final de 12. Registo historicamente muito abaixo, por exemplo, ao da última temporada, quando nos dois jogos do campeonato o Benfica goleou o rival, por 4-1. Na Luz, verificaram-se 24 remates, enquanto no Dragão houve lugar a 28, número que está entre os mais elevados dos últimos anos.
Olhando para o passado recente, só tem paralelo com um jogo no Dragão, também com 28 remates, realizado em outubro de 2022, em que o triunfo sorriu aos encarnados, mercê de um golo de Rafa, na ponta final da partida. No plano inverso, o jogo que mais se aproximou dos valores de anteontem sucedeu em abril de 2023, na Luz, com 14 remates. Aí, os dragões venceram (2-1) com golos de Uribe e de Taremi, através de uma reviravolta que respondeu a um golo na própria baliza de Diogo Costa, no arranque do jogo.
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No Dragão, o receio de perder foi nota dominante, sobretudo na equipa do Benfica, o que levou José Mourinho a adotar uma estratégia calculista e defensiva. "Não podíamos ficar a sete pontos do F. C. Porto, na classificação", confessou, de forma aberta, no fim da partida. Se os remates foram escassos, já os golos nem vê-los, sendo, aliás, necessário recuar até 2017 para verificar um cenário igual: dragões e águias, orientados por Sérgio Conceição e Rui Vitória, pactuaram na lei da pólvora seca, no Dragão. Nesse jogo Marega, ex-avançado dos dragões, destacou-se por se ter mostrado perdulário.
No clássico de anteontem faltaram ocasiões para concretizar, apesar das duas equipas terem rematado à barra. Pepê, Francisco Moura e Rodrigo Mora tiveram, ainda assim, chances de ouro, já o Benfica criou mais perigo em lances de bola parada. Apesar de tudo, os encarnados acabaram por ter motivos para sorrir: a oitava jornada estava entre as mais difíceis de todo o campeonato, mas não perderam pontos para os rivais diretos.