Presidente do F. C. Porto, André Villas-Boas., criticou ainda o VAR do jogo com o Benfica, dizendo que Bruno Esteves jamais poderia ser premiado com um clássico.
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À margem da gala de entrega de prémios da FPF, André Villas-Boas falou sobre o clássico de domingo passado entre F. C. Porto e Benfica.
"Acho que o maior elogio a fazer à equipa do F. C. Porto é ver a postura defensiva que o Benfica teve no Dragão e jogadores como o Trubin, Rios e Enzo a perder tempo para segurar o empate. A evolução do F. C. Porto de um ano para o outro é extrema e radical e dá-nos boas sensações para o futuro", afirmou o presidente portista, que considera "prematuro" dar favoritismo aos dragões na luta pelo título
"Há muito para disputar. O nosso foco é vencer este campeonato e, para isso, manter esta vantagem, mas com os pés bem assentes na terra", disse, confirmando que cumprimentou José Mourinho após o duelo no Dragão.
"Sim, cruzámos-nos quando Mourinho ia para a conferência de imprensa. Foi apenas um abraço entre duas pessoas que se conhecem muito bem. Mourinho é um ultra-vencedor em vários campeonatos do mundo, tem um currículo invejável, o melhor de treinador português", referiu.
"Acho que isso também valoriza o que foi feito pelo F. C. Porto neste jogo, com uma equipa jovem, contra uma equipa experimentada, uma equipa de um valor incalculável como é a do Benfica, com vários jogadores a receber acima de oito milhões de euros, ainda por cima, treinada como um treinador como José Mourinho. Isso demonstra o trabalho que está a ser feito com os jovens do F. C. Porto, a evolução que têm tido com este treinador e os passos que queremos dar para o futuro", sublinhou, antes de criticar a arbitragem do clássico.
Agressão grave do Pavlidis a Gabri Veiga
"Acho mais grave a agressão do Pavlidis [a Gabri Veiga, logo no primeiro minuto de jogo] do que propriamente o penálti sobre o Deniz Gul. O penálti é um lance que tem que ser ajuizado, na minha opinião o VAR falha em toda a linha, porque tem de chamar o árbitro para analisar de novo o lance. Lamento que não o tenha feito. A agressão do Pavlidis é grave e o F. C. Porto irá proceder com uma queixa, porque é violenta, podia ter criado muitos mais danos ao nosso atleta e o VAR imediatamente teria que intervir sobre esse caso", disparou Villas-Boas.
"Acho a nomeação [do VAR] muito ingénua, porque um árbitro que tenha 50% de aproveitamento nos jogos da Primeira Liga, principalmente nos do F. C. Porto, com uma nota satisfatória e uma nota não satisfatória, jamais pode ser premiado com um clássico. O jogo anterior ao clássico feito pelo Bruno Esteves é um Vizela-Leixões e percebemos perfeitamente que ele não pode ser o VAR no F. C. Porto-Benfica, porque isso é premiar a mediocridade e não é isso que se pretende num jogo em que queremos ter os melhores intervenientes a decidir sobre os lances da partida", criticou.
"Não vamos apoiar-nos no facto do árbitro de o VAR ter ajuizado mal estes lances para justificar o empate, no entanto, obviamente que [Bruno Esteves] tem que ter nota insatisfatória e isto vem em linha com uma nomeação que para nós é ingénua", salientou.