Há o veado, típico daquelas redondezas, mas também não faltam as batatas, o kebab, o hambúrguer e a pasta italiana. Ou como a gastronomia pode ser a melhor metáfora de outra capital também engolida pela globalização tão em voga nestes tempos desenfreados. "Estocolmo é uma cidade multicultural, lindíssima e com muita oferta a todos os níveis, seja no verão ou no inverno", adianta Gonçalo Pereira ao JN.
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Dois anos na Noruega foi o melhor que podia ter acontecido a quem agora faz vida do outro lado da fronteira escandinava. A cultura é a mesma, tal como "o idioma e os costumes das pessoas". "A grande diferença foi passar de uma cidade pequena na Noruega para a capital na Suécia", acrescenta. Mas também há o clima, claro, e como ele mexe com o dia a dia. "Estocolmo parece duas cidades diferentes, no verão e no inverno. Quando está bom tempo, há milhares de pessoas nas ruas... Eles próprios dizem que um dia de sol é um dia de stress, pois têm de pensar em aproveitar ao máximo, antes que o bom tempo acabe", refere, entre risos.
Destacando ainda a "tranquilidade e a limpeza" da capital sueca, o treinador só não lhe cobiça a alimentação, ainda que a experiência com um prato típico não tenha sido má: "Já provei veado e adorei", salienta, antes de alertar para um custo de vida que não é para qualquer carteira. "Uma cerveja custa sete euros e um café expresso três euros, mas creio que Estocolmo é mais cara do que as cidades mais pequenas". Pelo menos isso.
Passe Curto
Nome Gonçalo Miguel Machadinho da Silva Pereira
Clube IF Brommapojkarna
Idade 28 anos (12/08/1989)
Função Treinador
Na maior academia da Suécia
Chama-se IF Brommapojkarna e está longe do gabarito de grandes do futebol sueco como o Malmo, o Gotemburgo ou o AIK. Mas isso não faz dele um clube qualquer para os lados nórdicos. "É considerada a melhor academia sueca há já três anos seguidos pela Federação", aponta Gonçalo Pereira, antes de esmiuçar um bocadinho o interior deste emblema sediado em Estocolmo. "Contamos com cerca de quatro mil atletas na formação, espalhados por 250 equipas masculinas e femininas", acrescenta, dando conta de um plano para atenuar a tradição de "vender jogadores para grandes clubes europeus ainda jovens": "Está a ser feito um investimento para que esses talentos se desenvolvam no futebol sénior", completa o técnico luso.