O presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente Moura, acusou, esta quinta-feira, a velejadora Carolina Borges de "oportunismo" para estar em Londres2012 com o marido e admite pedir a sua "erradicação do Desporto português".
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"Inclusivamente, se for necessário, ela será castigada e proporemos ao Governo que ela seja erradicada do desporto português", disse, em declarações à agência Lusa.
A velejadora estava qualificada para a prova de RS:X feminino, mas acabou por avisar a Missão Olímpica lusa no dia da estreia que, por "razões médicas e pessoais", não poderia participar.
Vicente Moura confirmou que haverá um processo de averiguações, tal como o chefe da Missão, Mário Santos, tinha avançado nesse mesmo dia.
Carolina Borges defendeu-se, dizendo que desistiu por estar grávida, por não ter tido apoio de um treinador em Weymouth, onde se disputam as provas de vela de Londres2012, e por não ter recebido as verbas acordadas com a federação e o COP.
"Como é que é possivel uma mulher grávida de três meses preparar-se para vir aos Jogos Olímpicos com este mar, que hoje está bom, mas não é fácil, numa classe muito exigente, é claro que ela não poderia participar", referiu Vicente Moura, que disse que a velejadora luso-brasileira foi oportunista para estar nos Jogos com o marido, o norte-americano Mark Mendelblatt.