O treinador do F. C. Porto fez a antevisão do duelo desta quarta-feira com o Shakhtar em que um ponto basta para que os dragões garantam a presença nos oitavos de final da Liga dos Campeões. “Preparámos o jogo para ganhar”, garantiu o técnico.
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Os dragões começaram a campanha na Champions com uma vitória, por 3-1, sobre os ucranianos em Hamburgo, na Alemanha, mas, tal como Sérgio Conceição tinha previsto, os mineiros de Donetsk continuam na luta pelo apuramento, tendo os mesmos nove pontos que a equipa portuguesa à entrada para a última jornada.
“Com este novo treinador ganhou consistência e solidez como equipa, mas os jogadores são os mesmos, com muita qualidade. O país atravessa momento muito difícil, somos sensíveis, mas isto é um jogo de futebol. Ainda ontem recebi um artigo do Finantial Times, que mostra a importância deste jogo para o Shakhtar e para o país. Além da qualidade do Shakhtar, o contexto não será fácil: que as três equipas estejam ao melhor nível e que ganhe o melhor. O nosso apuramento será merecido, mas temos de o voltar a provar amanhã. Queremos estar nos oitavos de final”, garantiu Sérgio Conceição.
O facto de o empate bastar ao F. C. Porto dá uma pequena vantagem teórica, mas esse é um resultado que, para já, não está nos planos do treinador.
“A nossa mentalidade, postura e preparação têm como intuito ganhar o jogo. Não há nenhum adepto, sócio ou simpatizante do F. C. Porto que saia satisfeito com um empate e eu, como adepto e sócio, não sou exceção. Se acontecer esse empate, acontecerá, mas preparamos o jogo para ganhar”, sublinhou Conceição, admitindo que João Mário e Wendell serão dúvida até à hora do jogo.
“É uma final nesta competição e nós damo-nos bem com finais. Na segunda-feira teremos outra para o campeonato [em Alvalade, frente ao Sporting] e é destes jogos que vivemos. Qualquer ponto perdido nos complica a vida, perdemos um jogo na Taça da Liga e ficámos fora, na Taça de Portugal será assim também. É uma boa pressão, neste clube dar tudo não chega, dar o máximo é o mínimo. Sabemos a importância do jogo, depois as coisas vão surgindo. O que interessa é a competência, já que não podemos adivinhar o que o adversário vai fazer”, lembrou, antes de ser questionado sobre se as hipóteses de uma equipa portuguesa voltar a vencer a Champions são cada vez menores.
“Em termos teóricos somos um país que está cada vez mais longe dos mais poderosos financeiramente. Depois, na prática, o futebol é o que é porque em 1987 ninguém diria que o F. C. Porto ganhava e em 2004 também. Infelizmente não pude jogar essa competição, porque tinha feito seis meses na Lazio, mas, sim, cada vez se está a tornar muito mais difícil [ganhar a Champions]”.
A eventual presença nos oitavos de final vale 9,5 milhões de euros aos cofres portistas e, apesar de não esconder a importância do facto, Sérgio Conceição voltou a deixar algo bem claro.
“Temos muito essa vontade, de chegar aos oitavos. Desde que aqui estou, conseguimos chegar a essa fase quatro vezes e duas aos quartos. Não sou gestor financeiro, não faço parte da direção, estou aqui para conquistar títulos. A Liga dos Campeões é absolutamente fundamental para os clubes portugueses. O nosso papel é dar o máximo para que os títulos tenham retorno financeiro”, finalizou o treinador.