Conceição e a ida de Villas-Boas ao Olival: "Ambiente não ficou melhor, nem pior"
Treinador do F. C. Porto comentou a visita do novo presidente do clube e também falou da possível presença de Pinto da Costa no banco na final da Taça.
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Na antevisão do dérbi de domingo com o Boavista, Sérgio Conceição comentou o encontro que teve há poucos dias com André Villas-Boas no centro de treinos do Olival.
"Como ficou o ambiente? Não ficou melhor, nem pior. Foi importante o novo presidente conhecer os funcionários. Teve um discurso e uma conversa muito cordial comigo e com os atletas, de ambição, como é normal. Quem trabalha aqui dentro, sabe que essa é uma das caraterísticas que têm de estar presentes todos os dias. Foi normal. Aceitar, conhecer, estar mais próximo das ideias do novo presidente. Só isso", disse o técnico portista.
Questionado sobre a possível presença de Pinto da Costa, ainda presidente da SAD, no banco na final da Taça de Portugal, Conceição recusou a ideia de que isso possa dar uma motivação extra aos dragões: "A motivação é sempre a mesma. Obviamente que para nós é uma honra e um prazer estar mais uma vez com o presidente. Agora, se está no banco, na bancada, na tribuna ou em casa, para ele é a mesma coisa. O sentimento dele é querer ganhar. Acredito que vai querer estar presente em muitos jogos do F. C. Porto, sempre com a mesma ambição. É uma das caraterísticas que ele tem e que está bem visível no museu, com centenas de títulos. É bom, mas não vai dar nenhum extra como vi escrito, porque a nossa motivação tem de ser o trabalho e a possibilidade de ganhar mais um título".
Sobre a partida com o Boavista, na qual vai contar com o lateral João Mário, que recuperou de uma lesão e será convocado, o treinador do F. C. Porto sublinhou a importância de conseguir uma vitória para segurar o terceiro lugar nesta jornada: "Vai haver este sábado um jogo entre o quarto e o quinto classificados [Vitória de Guimarães-Braga], mas o mais importante é o nosso e queremos ganhar ao Boavista. É uma equipa que está numa zona difícil da tabela e que vai fazer deste jogo uma final. Nós temos de pensar e agir da mesma forma porque queremos manter o terceiro lugar. Para isso é preciso ganhar amanhã".
Em relação à convocatória de Evanilson e de Wendel para a seleção brasileira que vai disputar a Copa América, Sérgio Conceição não escondeu a satisfação. "Fico feliz, como fiquei da outra vez quando o Pepê e o Galeno também foram chamados, tal como o Francisco e o João Mário. Já são mais de 20 jogadores que se estreiam nas diferentes seleções e nós, equipa técnica, ficamos muito felizes com isso. Estamos aqui com a missão de ganhar jogos que dêem títulos, mas também para valorizar os jogadores, os ativos do clube, para serem uma mais-valia. Se não vou poder contar com eles na próxima pré-época? Vamos contar com eles agora neste jogo com o Boavista. A seu tempo falaremos dessas situações".
Evasivo sobre a possibilidade de os quatro jogadores afastados dos trabalhos do plantel [Jorge Sánchez, André Franco, Iván Jaime e Toni Martínez] poderem rescindir o contrato com o F. C. Porto, Conceição também falou sobre Taremi.
"Não faço parte do departamento jurídico, como devem compreender. Esses atletas não estão convocados para amanhã. Não é tema para esta antevisão. Quanto a Taremi, vocês sabem a minha opinião sobre ele, a nível profissional e humano. O que muda muitas vezes é imagem que se passa cá para fora das pessoas. Perante determinados cenários que são criados, as pessoas ficam mais ou menos zangadas e depois no estádio manifestam-se da forma que têm de se manifestar. Eu não tenho de olhar para isso. Tenho de olhar para o trabalho dele, como outros que terminavam contrato. Enquanto são profissionais do F. C. Porto, se são dedicados e trabalham no máximo, tenho de olhar para eles da mesma forma. Também fui jogador e sei como é que é", referiu.
"Era estupidez da minha parte ter um jogador de qualidade e não o utilizar por esta ou por aquela razão. Não faz parte da minha forma de ser e de estar. Obviamente que se eu achasse que o Taremi não tinha o comportamento adequado à forma com que eu vejo o futebol aí já teria mais dificuldades, como aconteceu este ano, nomeadamente com os jogadores de que falaram há bocado. Para outros treinadores não era tão grave, para mim é mais grave. Depende da forma de liderar", acrescentou.