Treinador do F. C. Porto desvia-se das críticas do espanhol, que se queixou esta semana de estar a treinar em condições longe das ideais para um jogador profissional.
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Na antevisão do jogo de sábado em Chaves, Sérgio Conceição foi questionado sobre o comunicado escrito no início desta semana pela empresa que agencia Iván Jaime, assinado também pelo jogador, que continua afastado do plantel portista, tal como Toni Martínez, Jorge Sánchez e André Franco.
"Já expliquei. A equipa técnica liderada por mim decide o que fazer em função da produção e do trabalho dos atletas. Podem trabalhar dois, três ou quatro grupos diferentes. Podem trabalhar na equipa B, há alguns daí que vão ser convocados para amanhã. Faço o meu trabalho, mas nem vi o comunicado. Soube que houve, mas não li. Os jogadores estão disponíveis dentro das condições que quero: trabalho e dedicação máxima em cada treino para podermos ganhar os jogos. Isso é que é importante", afirmou o técnico portista.
Numa conferência em que as eleições no F. C. Porto continuaram a ser assunto dominante, Conceição resistiu a quase todos os temas quentes. "Mudança profunda no clube? Tenho é de olhar para a equipa de futebol. Olho é para as mudanças, por exemplo, na defesa, que no último jogo foi totalmente diferente em relação ao início da época. Essas mudanças é que eu vejo [...] Estamos limitados por lesões e castigos, mas esses são problemas que tenho de resolver. Sou pago para isso", referiu.
"A vida de um clube é o que é. Os sócios são soberanos e decidem a mudança, de acordo com o que é o mais importante. Estamos aqui como funcionários para dar o melhor e o máximo, sendo que, como sempre disse, para se estar no F. C. Porto não basta ter contrato. Ninguém está agarrado a nada. Há sempre uma instituição acima de tudo e todos", acrescentou.
Sobre a aposta no jovem Martim Fernandes como lateral direito no jogo com o Sporting, o treinador dos dragões foi claro: "Não sou de, rapidamente, porque um miúdo tem qualidade, metê-lo a jogar de forma a que depois queime as tais etapas necessárias. O Martim entrou contra o Sporting porque achámos que estava preparado em função de outra posição e de outro jogador, porque era fundamental o Pepê jogar mais adiantado".
Em relação ao jogo de Chaves, importante para os portistas na luta pelo terceiro lugar e para os flavienses na tentativa de fugir à despromoção, Sérgio Conceição sublinhou a necessidade de ganhar, mesmo com várias baixas (para além dos quatro jogadores afastados das opções por decisão do técnico, Pepe, João Mário, Zaidu e Marcano continuam lesionados, enquanto Galeno e Wendell cumprirão castigo por acumulação de cartões amarelos).
"O Chaves tem um jogo decisivo. Para nós, todos são decisivos. Tenho de arranjar soluções. No final, os sócios, adeptos e simpatizantes querem é que o F. C. Porto ganhe. Não olham para as ausências, olham para outras situações. Nós temos de estar focados em arranjar soluções e entrar com uma equipa competitiva, dentro de um jogo que envolve todo um contexto. É um jogo difícil. Mas estamos preparados para ganhar e é com esse intuito que vamos a Chaves", disse
"Já vi treinadores irem embora na pré-época. Já vi pré-épocas menos bem conseguidas e os treinadores ficarem na baila.... Se um jogo de pré-época é importante num clube como o F. C. Porto e noutros ao mais alto nível, imaginem um jogo de campeonato. Não olhamos para a tabela, mas não podemos esquecer que temos dois adversários [a lutar] connosco e que isso pode custar estar mais acima ou mais abaixo no final do campeonato. Temos essa consciência", concluiu.